Paim critica abordagens policiais e propõe novas diretrizes para o procedimento

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O senador Paulo Paim (PT-RS), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (4), manifestou preocupação com o aumento dos casos de violência no Brasil. Ele argumentou ser necessário pensar em novas diretrizes para as abordagens policiais, respeitando a vida e a dignidade humana. 

Os números indicam que a violência no Brasil tem aumentado. São abordagens mal planejadas, truculentas e desumanas, refletindo uma realidade que se alastra pelo país disse.

Paim destacou os episódios mais recentes de violência policial que a cidade de São Paulo presenciou. Nessa semana, um homem foi jogado de uma ponte e outro foi morto com tiros por furtar embalagens de sabão em um supermercado. Para o parlamentar, as principais vítimas são os mais “vulneráveis”.

Neste país de muitas reticências e idolatrias, os miseráveis, os humildes e os esquecidos são frequentemente mortos e enterrados sem que suas histórias sejam contadas. Porque esses casos que estão aparecendo quase diariamente são os que são filmados. Mas quantas outras dezenas e dezenas não são filmados? indagou. 

O senador citou dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, pelo qual o país registrou 6.393 mortes por intervenções policiais no ano de 2023. Pediu que o projeto de lei que propõe novas diretrizes para as abordagens policiais (PL 5.231/2020) seja votado na Câmara dos Deputados. O texto foi aprovado no Senado por unanimidade em 2020. 

Paim salientou que não é contra os policiais, mas que as abordagens precisam ser modificadas para proteger a vida de todos. 

Ninguém pense que eu estou aqui contra os policiais, mas da forma como está, como diz o gaúcho descambando por todas as cochilhas, de forma a matar homens e mulheres, algo está errado. Isso tudo evidencia a falência de um sistema que deveria assegurar a justiça e os direitos fundamentais explicou. 

Luiza Melo, sob supervisão de Patrícia Oliveira

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Fonte: Senado Federal

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