Corpo de menina que morreu após cair em bueiro durante chuva é enterrado na Bahia


Amanda Max Teles da Silva, de 12 anos, voltava da escola caiu e foi arrastada pela água, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Velório aconteceu neste sábado (30), em Dias D’Ávila
Phael Fernandes/TV Bahia
O corpo de Amanda Max Teles da Silva, de 12 anos, que morreu após cair em um bueiro durantea a chuva em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, foi enterrado neste sábado (30).
O velório aconteceu no Ginásio Esportivo José da Cruz Azevedo, em Dias D’Ávila. Em seguida, o cortejo saiu em direção ao Cemitério Público Municipal Bosque da Paz, onde o corpo foi enterrado.
A despedida foi marcada por muita comoção de familiares e amigos da adolescente.
Menina desapareceu após cair em bueiro na cidade de Dias D’Ávila
Arquivo Pessoal
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A adolescente desapareceu na quarta-feira (27), e foi encontrada sem vida, por equipes do Corpo de Bombeiros, na sexta (29).
Segundo informações apuradas pela equipe de reportagem da TV Bahia, Amanda Max Teles da Silva foi encontrada morta a cerca de 1,5 km de distância do local onde ela caiu, na saída de uma tubulação.
Amanda tinha acabado de sair da escola e atravessava a Avenida Lauro de Freitas, quando aconteceu o acidente. O bueiro fica em frente à instituição de ensino onde ela estudava, sob uma estrutura ferroviária.
Uma câmera de segurança filmou o momento em que a adolescente desapareceu dentro d’água, às 12h22 de quarta-feira. Nas imagens, a menina tropeçou bem ao lado da “boca” do bueiro e, em seguida, caiu. [Assista abaixo]
Menina de 12 anos é procurada por bombeiros após cair em bueiro durante chuvas na Bahia
Ao passar por uma rua alagada, ela caiu e foi arrastadas pela água para dentro de uma tubulação. O local estava inundado, o que fez com que a adolescente não visse o manilhamento.
Ao longo da quarta-feira, buscas foram feitas nas tubulações da região. Já na quinta-feira (28), a mochila da adolescente foi encontrada com ajuda de cães farejadores, a cerca de 2 km do local onde ela caiu.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) e a prefeitura, cerca de 80 militares atuaram na região, além de voluntários que se juntaram à equipe desde o início das buscas.
Conforme divulgaram as autoridades, são cerca de 700 metros de tubulação, cuja água segue até o rio Imbassaí. O espaço até o desemboque é estreito, com difícil movimentação e até condições de respiração, o que dificultou os trabalhos. Por isso, foi necessário o uso de câmeras. Equipamentos de ponta foram cedidos por uma empresa de engenharia, que percorreu as galerias subterrâneas.
Local descoberto
Conforme detalhou a prefeitura para a reportagem, o bueiro onde aconteceu o acidente tem mais de 30 anos e ficava aberto, sem nenhum tipo de proteção.
Ao g1, o engenheiro sanitarista Jonatas Sodré, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA), detalhou que uma tampa não é obrigatória e que costuma não ser usada, mas poderia ter sido instalada, diante da localização do equipamento, que fica próximo a uma unidade escolar.
“Em teoria, ele está ocupando um pouco a calçada, então, tem um problema aí que poderia talvez se colocar uma tampa, por ser uma zona urbana. Se você fecha com concreto, com grade, por exemplo, teria mais segurança para as pessoas transitarem”, comentou o especialista.
A reportagem buscou também o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que disse que a manutenção da Avenida Lauro de Freitas deveria ser de responsabilidade do governo do estado. Este, por sua vez, informou que, por se tratar de água da chuva, a manutenção deveria ser da prefeitura.
Já a administração municipal direcionou a responsabilidade para o DNIT, já que o bueiro fica sob os trilhos ferroviários. A prefeitura informou ainda que, após as buscas terminarem, o bueiro seria fechado.
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