Emerson Luis. Esporte: Posturas

O Santa Catarina vai jogar o Estadual da Série A em Rio do Sul.

Foi beneficiado porque pelo menos mais quatro clubes enfrentariam o mesmo dilema que vinha angustiando a comunidade: o gramado.

Estádio Alfredo João Krieck em Rio do Sul. Foto: Reprodução/Internet

A Chapecoense vai colocar grama sintética na Arena Condá.

O sistema atual, com 12 anos de uso, colapsou.

Vai custar R$ 6 milhões.

Poder Público e uma emenda do prefeito João Rodrigues (quando deputado federal) vão bancar a obra.

Administrada pela prefeitura, Arena Condá foi inaugurada em 2009. Foto: Associação Chapecoense de Futebol

Por conta disso, vai disputar as três primeiras partidas em Xanxerê.

No Estádio Municipal Josué Annoni.

Que não atende o exigente (até então) Caderno de Encargos da Federação.

A começar pela capacidade de apenas 2.000 torcedores (pelo regulamento, a carga mínima é de 2.500 lugares sentados, se for para a final, 5.000).

O gramado teria de ser trocado (não vai precisar porque falta grama no mercado).

A única exigência é a troca da iluminação (Prefeitura de Xanxerê e Chapecoense vão dividir a conta, que deve ficar próxima de R$ 1 milhão.

Chapecoense e Santos pelo Campeonato Brasileiro Sub-20 em 2019. Foto: Prefeitura de Xanxerê

O Concórdia é outro que vai precisar melhorar seu gramado.

O piso do Estádio Municipal Domingos Machado de Lima está judiado.

A FCF ordenou mudanças.

Estádio Domingos Machado de Lima. Foto: Pablo Nunes/Concórdia

O cenário no momento é de alívio.

Mas semana passada, a Federação deu um ultimato no Santa Catarina:

Ou trocava o gramado ou não jogaria no Alfredão.

Gramado precisa ser revitalizado. Foto: Almir Marques/Rádio Mirador

Imediatamente, na manhã da última segunda-feira (18), o que fez o prefeito?

Convocou uma reunião em seu gabinete.

Na pauta, o encaminhamento do projeto de lei solicitando recursos da devolução de sobras orçamentárias da Câmara deste ano para obras no campo, além da pavimentação de uma rua.

Valor: R$ 1,5 milhão – total de R$ 4,5 milhões.

A proposta já foi aprovada em plenário.

Reunião no começo da semana no gabinete do prefeito. Foto: Prefeitura de Rio do Sul

José Thomé afirmou na ocasião que a empresa responsável já estava licitada.

Pediu R$ 1,2 milhão.

Time e torcida em sintonia na Série B deste ano. Foto: Santa Catarina Clube

Valor que poderia ser usado para a colocação no novo sistema de iluminação, implantação da sala do VAR, adequações em banheiros e cabines de Imprensa.

Em tese, não deve ser a intenção mexer nesse dinheiro.

Jogo do Santa durante a Série B deste ano em Rio do Sul. Foto: Santa Catarina Clube

Pois clube e município se comprometeram a assinar um termo de responsabilidade para executar a substituição da grama logo após o campeonato – que vai começar dia 18 de janeiro e terminar dia 22 de março.

Também existe a expectativa para que a prefeitura execute o serviço nos refletores.

Congresso técnico aconteceu na última terça-feira. Foto: Fernando Ribeiro/FCF

Claro que a motivação e a atmosfera são extremamente diferentes do nosso deprimente e cinzento quadro futebolístico.

Mesmo assim, contextualizando, o que vejo em outras regiões, é mobilização, união, comprometimento e ação.

Sessão da última terça-feira na Câmara. Foto: Giovanni Silva/Imprensa CMB

Aqui, tudo é mais complicado.

Só que temos novidade!

Foi aprovado (10 votos favoráveis, 2 votos contrários e 1 abstenção) a moção de apelo, do vereador Ailton de Souza (PL).

Que solicita que o prefeito destine parte do valor recebido da Câmara Municipal, oriundo das economias do Poder Legislativo (vide Rio do Sul), para a a recuperação, principalmente do campo e da pista de atletismo do SESI.

SESI não recebe jogos de futebol desde 2019. Foto: Marcos Fernades/Portal Alexandre José

Devem ser repassados para o Executivo mais de R$ 20 milhões – ano passado foram R$ 23 milhões.

Alguém me disse que já estão comprometidos para pagar o 13º salário dos servidores.

Gramado vai precisar (ou não) ser aumentado. Foto: Emerson Luis

Ou seja, não deve haver nenhum esforço, não deve pingar nenhum tostão, para as iminentes reformas no estádio.

Essa é a diferença de postura na qual me refiro.

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de repórter/setorista na Rádio Unisul – CBN. Atualmente é apresentador, repórter, produtor e editor de esportes do Balanço Geral da NDTV Blumenau. Na mesma emissora filiada à TV Record, ainda exerce a função de comentarista, no programa Clube da Bola, exibido todos os sábados, das 13h30 às 15h. Também é boleiro na Patota 5ª Tentativa.

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