Policial Federal de Juiz de Fora é um dos 37 indiciados em inquérito sobre tentativa de golpe


Marcelo Araújo Bormevet é acusado de integrar uma organização criminosa que realizava monitoramento ilegal de autoridades públicas, além de produzir notícias falsas por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde chegou a ser servidor público. Marcelo Araújo Bormevet
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Marcelo Araújo Bormevet, policial federal de Juiz de Fora, foi indiciado na quinta-feira (21) junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas por tentativa de golpe e abolição violenta do Estado democrático de direito.
Ele é acusado de integrar uma organização criminosa que realizava monitoramento ilegal de autoridades públicas, além de produzir notícias falsas por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde chegou a ser servidor público.
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O policial federal foi preso em julho deste ano durante uma fase da operação ‘Última Milha’, realizada pela Polícia Federal, que investigava o esquema criminoso. Segundo a PF, na ocasião, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
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Marcelo Bormevet ingressou na PF em 2005, mas foi suspenso de exercer as funções públicas em virtude de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em 25 de janeiro de 2024, após o início das investigações sobre a ‘Abin paralela’.
O g1 entrou em contato com o STF para saber se Marcelo Bormevet continua preso e aguarda retorno. A reportagem também tenta localizar a defesa dele.
Inquérito foi entregue na quinta-feira
Entregue na quinta-feira ao STF, o inquérito identifica uma organização criminosa que atuou de forma coordenada na tentativa de manter Bolsonaro no poder em 2022, após ele ter perdido a eleição.
O relatório final — com 884 páginas — foi entregue ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Trinta e sete pessoas foram indiciadas por crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do estado democrático de direito. A pena pode chegar a 28 anos de prisão.
O relatório é a conclusão de uma investigação de quase dois anos, um desdobramento do inquérito sobre a atuação de milícias digitais que se organizaram para atacar a democracia e o estado democrático de direito.
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