Mulher acusada de matar grávida para ficar com bebê é denunciada pelo MP em Porto Alegre

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou J.O.J. de 42 anos, acusada de assassinar uma mulher, de 25 anos, para ficar com o bebê. O crime ocorreu em 14 de outubro, em Porto Alegre.

A ré foi denunciada por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, dissimulação e para assegurar outro crime), aborto, ocultação de cadáver e por registrar como próprio o parto de outra pessoa.

Detalhes do crime

Segundo a investigação, a vítima foi atraída até a casa da acusada com a promessa de que ganharia presentes para o bebê. No local, a acusada matou, retirou o bebê de sua barriga e simulou ter dado à luz.

O corpo da vitima foi encontrado escondido debaixo de uma cama, envolto em plástico e cobertores. A vítima apresentava ferimentos na cabeça e um corte profundo no abdômen. Uma faca utilizada no crime foi apreendida.

A Polícia Civil descartou a participação de outras pessoas no caso, indicando que apenas a suspeita e a vítima estavam no local no momento do crime.

Suspeita simulou gravidez e parto

Conforme as investigações, a suspeita teria inventado uma gravidez para familiares e amigos, utilizando exames falsificados. Ela abordava possíveis vítimas pelas redes sociais, oferecendo presentes como carrinhos de bebê.

A vítima foi atraída por essa promessa. Após o crime, a ré preparou uma cena na sala de sua casa para simular que havia dado à luz, com sangue e o bebê entre as pernas.

A farsa foi desmascarada quando a suspeita levou o bebê, já sem vida, ao Hospital Conceição, acompanhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Exames apontaram que ela não poderia ser a mãe, o que levou à denúncia policial.

Defesa afirma que analisará o caso

A defesa da acusada informou que a cliente ainda não foi formalmente citada no processo. “Eventual manifestação ocorrerá somente após o cumprimento desse ato, possibilitando a completa análise dos autos e avaliação das medidas cabíveis”, declara.

A promotora de Justiça classificou o crime como “lamentável” e defendeu uma punição proporcional à gravidade dos atos. Já a delegada responsável pelo caso destacou a complexidade da cena do crime e o impacto causado até nos peritos mais experientes.

O caso chocou Porto Alegre e levantou discussões sobre segurança e precaução em interações online, principalmente envolvendo mulheres grávidas e promessas de doações.


Fonte: G1

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