Housi “surfa onda” da tokenização de imóveis e entra no segmento de compra fracionada

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A onda de digitalização ultrapassou as barreiras do mundo físico há um bom tempo, mas alguns setores ainda batalham para transformar processos burocráticos e complexos em tarefas mais simples e ágeis. Isso é o que a Housi, proptech fruto de um spin-off da incorporadora Vitacon, quer atingir ao tokenizar seus ativos.

A startup, que levantou uma rodada de US$ 10 milhões com a Redpoint eventures e com a TM3 Capital no início deste ano para tirar seu plano de expansão internacional do papel, se uniu a Netspaces, plataforma para criação, transação e gestão de propriedades digitais.

“Acreditamos, com todas as nossas forças, no futuro da tokenização como uma grande evolução para o mercado imobiliário”, afirma Alexandre Frankel, CEO da Housi, ao NeoFeed. “Vemos um potencial enorme, não apenas para a comercialização de imóveis, mas também para a utilização nas questões relacionadas à locação e distribuição de renda.”

A tokenização, na verdade, não é uma novidade para a Housi. A empresa já possui um programa chamado Cashback Token Housi, no qual consegue retornar tokens aos clientes que compram seus ativos. Assim, eles podem utilizar esses tokens para o pagamento de taxas condominiais e até outras funcionalidades dentro da residência, como aluguel de veículos compartilhados.

A tecnologia, porém, vai muito além do sistema de cashback e permite que a empresa cuide da propriedade digital dos imóveis, lidando com vendas, investimentos e até aluguel digitalmente, sem a necessidade de uma matrícula física.

“Se uma pessoa quer comprar um Housi que custa R$ 500 mil, mas só tem R$ 100 mil, ela pode adquirir 20% do imóvel e os outros 80% ficam prometidos para ela adquirir ao longo do tempo, com essa cláusula descrita em contrato”, diz Andreas Blazoudakis, CEO da Netspaces.

Existe outro formato, focado em investimento, no qual diversas pessoas podem comprar uma fatia desse imóvel e, para isso, terão uma governança própria que administra esse acordo. “As opções com a tokenização são infinitas”, diz Blazoudakis.

Na visão do CEO da Housi, levar esse leque de alternativas para os mais de 600 incorporadores que são clientes da Housi, em mais de 200 cidades, é um ganho de eficiência que vai ao encontro da premissa da companhia de tornar o ativo imobiliário cada vez mais atrativo para o investimento.

Frankel afirma que utilizar a tokenização significa correr menor risco no investimento e ter maior liquidez no ativo, com um acesso maior ao imóvel.

O CEO da Netspaces explica que, com a tokenização, a compra de um imóvel, que dura cerca de 30 dias para ser concretizada no trâmite tradicional, passa a ser feita em minutos. Nesse processo, todos os documentos do imóvel são digitalizados.

Além do prazo das operações, que é a maior vantagem vista por Blazoudakis na tokenização, o processo digital também custa cerca de 50% menos do que o físico utilizado hoje em dia.

Outra facilidade, na visão do empreendedor, vai ao encontro com o momento de expansão internacional da Housi. Com um ativo comprado na proptech, é possível “trocá-lo” por qualquer outro imóvel da rede, em qualquer parte do mundo.

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Neofeed

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