“Educar. Defender. Agir agora” : 18 a 24/11 – Semana Mundial de Conscientização sobre Resistência a Antimicrobianos

 

A Resistência Antimicrobiana (RAM) é uma crise global urgente no setor socioecômico e de saúde, com impactos significativos na saúde humana e animal, na produção de alimentos e no meio ambiente. Os patógenos resistentes a medicamentos representam uma ameaça para todos, em todos os lugares. No entanto, muito mais pode ser feito para aumentar a conscientização do público e das partes interessadas.

A Semana Mundial de Conscientização sobre Resistência a Antimicrobianos, celebrada de 18 a 24 de novembro, todos os anos, é uma campanha para conscientizar, melhorar a compreensão do problema e promover as melhores práticas no âmbito da estratégia de “Saúde Única” para reduzir o surgimento e a disseminação de infecções resistentes a medicamentos.

O tema de 2024: “Educar. Defender. Agir agora” foi escolhido com base nas quase 200 respostas coletadas em uma pesquisa online realizada com representantes globais dos setores de saúde humana, animal, vegetal e ambiental.

Nesse ano, portanto, a campanha convoca a comunidade global a educar os envolvidos, defender compromissos ousados ​​e agir concretamente em resposta à RAM. Liderança política, defesa e responsabilização fortalecidas são necessárias em todos os níveis e a hora de agir é agora.

 

A resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas não respondem mais aos antimicrobianos. Como resultado dessa resistência, medicamentos, antibióticos e outros agentes se tornam ineficazes e as infecções se tornam difíceis ou impossíveis de serem tratadas, aumentando o risco de disseminação de doenças, de seu agravamento e de mortes.

Desde a sua descoberta, há um século, os medicamentos antimicrobianos – incluindo antibióticos, antifúngicos, antivirais e antiparasitários – aumentaram significativamente a expectativa de vida média. Todos os dias, esses agentes essenciais poupam milhões de vidas. Até que deixem de fazê-lo!

A AMR é diretamente responsável por 1,3 milhão de mortes e contribui para outros 5 milhões de mortes todos os anos. É, também, uma ameaça ao futuro econômico, com um custo anual global estimado de até US$ 3,4 trilhões até 2030 e, ainda, contribuirá para que 28 milhões de pessoas sejam empurradas para a pobreza até 2050.

Por trás de cada número, há um custo humano real! A resistência antimicrobiana é invisível, mas suas vítimas não.

Opções limitadas de tratamento, internações hospitalares prolongadas, medicação constante, perda de renda, dívidas com assistência médica, pobreza, perda familiar, tristeza… O fardo continua aumentando e vidas são seriamente impactadas, em alguns casos fatalmente.

Pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer lugar. Mesmo para quem esteja com boa saúde. Um ferimento leve, uma cirurgia de rotina ou uma infecção pulmonar comum podem, inesperadamente, se transformar em uma situação de risco de vida. Para aqueles com condições pré-existentes, como câncer, HIV ou diabetes, uma infecção intratável pode surgir como uma segunda ameaça perigosa, atacando quando menos se espera.

A resistência antimicrobiana ocorre naturalmente ao longo do tempo, geralmente por meio de alterações genéticas. No entanto, o uso indevido e excessivo de antimicrobianos está acelerando esse processo. Em muitos lugares, os antibióticos são usados ​​em demasia e de forma indevida em pessoas e animais, sendo muitas vezes administrados sem supervisão profissional. Exemplos de uso indevido incluem  utilização de antibióticos por pessoas com infecções virais, como resfriados e gripes, e a administração desses medicamentos como promotores de crescimento em animais ou para prevenir doenças em animais saudáveis.

Micróbios resistentes a antimicrobianos são encontrados em pessoas, animais, alimentos e no meio ambiente (água, solo e ar) e podem ser transmitidos entre pessoas e animais, mesmo a partir de alimentos de origem animal, e de pessoa a pessoa. O controle deficiente de infecções, condições sanitárias inadequadas e manuseio inadequado dos alimentos promovem a propagação da resistência antimicrobiana.

As principais ações que contribuem para a contenção da resistência antimicrobiana, incluem: prescrição adequada, educação comunitária, vigilância das resistências e infecções associadas à assistência à saúde e cumprimento da legislação sobre o uso e dispensação de antimicrobianos.

Além disso, o descarte inadequado de recipientes contendo resíduos antimicrobianos contribui para a disseminação desses agentes no meio ambiente, impactando negativamente a saúde ambiental e a segurança dos alimentos. É crucial implementar medidas eficazes de gestão de resíduos e promover práticas de descarte responsáveis para minimizar os impactos negativos associados ao descarte de resíduos antimicrobianos.

 

Como parte das celebrações da Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência aos Antimicrobianos 2024, a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e muitos outros parceiros da região, convidam para um webinar que mostrará atividades inspiradoras dos países no âmbito da iniciativa ‘Comunidades Empoderadas para Enfrentar a RAM’. Este evento destacará práticas bem-sucedidas de toda a região, demonstrando como as comunidades estão contribuindo ativamente para a luta contra a RAM por meio da educação, da defesa e da ação.

 


Serviço
:

Webinar: Comunidades empoderadas frente à resistência aos antimicrobianos
Data
: Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Horário: 11:00h (horário de Brasília)
Inscrições disponíveis aqui!
ID da Reunião: 899 5938 9144
Senha: 777300

 

Fontes:

Conselho Regional de Medicina Veterinário do Estado do Rio de Janeiro
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Organização Pan-americana da Saúde (OPAS)

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