Polícia prende dois investigados por esquema de fraude em construção civil em MG


Golpe de construtora lesou 17 famílias desde 2022, com prejuízo estimado em R$ 600 mil em Lavras. Conforme a Polícia Civil, os investigados foram indiciados por estelionato. Polícia prende envolvidos em golpe em construção civil de Lavras
Dois homens suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude na construção civil em Lavras (MG) foram presos no estado de São Paulo. Um terceiro envolvido é considerado foragido. Conforme a Polícia Civil, os investigados foram indiciados pelo crime de estelionato.
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O caso teve início em 2022. O prejuízo já chega a mais de R$ 600 mil. São 17 contratos diferentes de prestação de serviço. Essas pessoas tinham o sonho de construir a própria casa, mas acabaram caindo em um golpe.
De acordo com o delegado Leandro de Prada Macedo Costa, as primeiras denúncias começaram em 2022, quando várias vítimas relataram terem firmado contratos para construção de imóveis, especialmente residenciais.
Segundo a Polícia Civil, o processo começava com a realização de uma pequena etapa da obra, que logo era paralisada sob diferentes justificativas. Quando as vítimas perceberam o padrão dos casos, muitas procuraram a polícia.
Denúncias apontam que a empresa recebia o dinheiro dos contratos fechados, mas não entregava as obras das casas
Reprodução EPTV
As investigações apontaram a atuação de um grupo empresarial formado por três a quatro pessoas.
“Nós tivemos êxito justamente em demonstrar essa conduta dolosa mesmo desse grupo empresarial que envolvia de três a quatro pessoas que foram identificadas, fartamente demonstradas a participação delas, de colocar em erro as pessoas e obter uma considerável vantagem financeira sob o manto do sonho da casa própria em desfavor dessas vítimas”, explicou o delegado.
A polícia destacou que, diferentemente de situações em que uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, neste caso havia a intenção deliberada de enganar.
“Mesmo que pudesse haver alguma dificuldade financeira, isso não justificaria celebrar contratos sabendo que não seriam cumpridos. Pelo contrário, eles ampliavam a divulgação e atraíam cada vez mais vítimas, o que reforça a intenção de aplicar golpes”, afirmou Leandro.
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Reprodução EPTV
Ele destacou ainda que os investigados deixaram a cidade de Lavras antes mesmo do fim das investigações, o que contribuiu para a decretação das prisões preventivas em 2023.
“Pode ser até que em algum momento venha alguma dificuldade financeira do grupo empresarial, mas isso não faz com que ela, por exemplo, celebre o contrato sabendo que jamais vai cumprir. E cada vez mais, além de celebrar contratos que ela não iria cumprir, ela faz cada vez mais divulgação, vai colocando cada vez mais gente em erro. Então, isso não se justifica”, afirmou.
Os dois suspeitos foram localizados na última semana em Indaiatuba (SP). A prisão contou com a colaboração da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP). Um terceiro envolvido é considerado foragido até o momento.
“A gente acredita que tenha mais vítimas. O crime de estelionato depende da representação do ofendido, ou seja, o ofendido se dirige a delegacia, explica, traz a documentação e diz que deseja manifestar, deseja ver essa pessoa processada criminalmente. Se a pessoa não tomou nenhuma providência naquela altura e queira tomar, o prazo prescricional ainda é extenso, ou seja, não foi atingido, então não há problema algum da gente prosseguir com a investigação desse caso, juntar os elementos e também, se for comprovado, nesse caso, indiciar os autores”, explicou.
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