PF encaminha quebra de sigilo e depoimentos sobre explosões em Brasília

Três dias após o atentado em frente aos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal) e Câmara dos Deputados, a Polícia Federal continua com a investigação sobre o catarinense Francisco Wanderley Luiz, que morreu após provocar diversas explosões em Brasília. Os próximos passos consistem em quebras de sigilo e coleta de depoimentos.

Polícia Federal inicia quebra de sigilo e coleta de depoimentos sobre explosões em Brasília

Polícia Federal inicia quebra de sigilo e coleta de depoimentos sobre explosões em Brasília – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND

O R7 conversou com fontes da PF que detalharam os próximos passos da apuração. Nos próximos dias, a Polícia Federal vai encaminhar, ao STF, um pedido para derrubada dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico do autor do atentado. O celular dele foi apreendido, mas a extração de informações ainda não foi finalizada.

Entenda os próximos passos da polícia Federal

O corpo de Luiz foi periciado e deve ser liberado para sepultamento nesta segunda-feira (18). Os agentes trabalham para localizar e entrevistar as pessoas que tiveram contato com o autor do atentado enquanto ele esteve no Distrito Federal. Algumas pessoas devem prestar depoimento na segunda.

A PF busca por imagens de câmeras de monitoramento, que possam ter registrado a movimentação de Luiz no tempo em que ele esteve em Brasília. Além disso, os agentes investigam as redes sociais para averiguar a possibilidade de participação de outras pessoas no atentado ou ligação com grupos extremistas.

Grupo antiterrorista da Polícia Federal atua nas investigações do atentado na Praça dos Três Poderes

Grupo antiterrorista da Polícia Federal atua nas investigações do atentado na Praça dos Três Poderes – Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND

Quem foi o autor das explosões em Brasília?

Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, em 2020, e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso. “Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.

Carro que explodiu na Praça dos Três Poderes pertencia ao catarinense Francisco Wanderley Luiz, apontado como autor do atentado

Carro que explodiu na Praça dos Três Poderes pertencia ao catarinense Francisco Wanderley Luiz, apontado como autor do atentado – Foto: Redes sociais/ Reprodução/ ND

Na manhã do ataque, o responsável pelas explosões em Brasília entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo, por volta das 19h30min da quarta-feira (13).

Na casa em que ele residia em Ceilândia, cidade satélite da Capital Federal, o autor das explosões em Brasília deixou um recado com batom no espelho do banheiro. Na mensagem, ele faz referência à mulher que escreveu “Perdeu, Mané” na estátua em frente ao Supremo nos ataques de 8 de janeiro.

A mensagem foi encontrada por policiais durante operação de busca e apreensão na quinta-feira (14). Débora Rodrigues dos Santos, referenciada pelo autor das explosões no STF, foi presa em março por escrever a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, que fica em frente à sede do Supremo, durante os ataques do 8 de janeiro. Ela foi flagrada por fotógrafos pichando o monumento.

*Com informações do R7.

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