UFPR é reconhecida por apoio a animais resgatados no Rio Grande do Sul

Na última quinta-feira (07), o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, recebeu simbolicamente a bandeira do Rio Grande do Sul (RS), entregue pela Secretaria de Bem-Estar Animal (SMBEA) de Canoas, como forma de reconhecimento pelo apoio da instituição aos animais resgatados durante a enchente que atingiu o estado em maio deste ano.

Foto: Leonardo BettinelliFoto: Leonardo Bettinelli

Durante a enchente, a UFPR se mobilizou para auxiliar na causa animal. O Centro de Medicina Veterinária do Coletivo (CMVC) teve atuação direta, com profissionais e voluntários dedicados ao tratamento e cuidado de cães e gatos em situação de vulnerabilidade devido à tragédia.

Além disso, a CMVC promove o projeto “Lar Temporário”, que busca casas temporárias para os animais resgatados. A iniciativa envolve a comunidade e conta com lares voluntários para abrigar e cuidar dos animais até que eles encontrem um definitivo.

Projeto Lar Temporário

O Projeto Lar Temporário, coordenado pela professora Rita Maria e composto por estudantes e professores da UFPR, tem a missão de encontrar lares temporários para animais abandonados, em abrigos ou recém-resgatados. Esses animais recebem cuidados veterinários e adestramento até que sejam adotados permanentemente. Em colaboração com o CMVC, o projeto também oferece assistência a famílias em situação de vulnerabilidade social, disponibilizando serviços veterinários.

Além do atendimento em situações de vulnerabilidade, o CMVC possui uma área especializada em medicina veterinária para desastres, preparada para atender animais após tragédias. Com isso, o projeto pode atuar no resgate dos animais após as enchentes que atingiram o RS em maio. “Assim que terminou a fase de resgate, entrei em contato com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS, que nos conectou ao gabinete de crise do governo. Foi indicado que ajudaríamos em Canoas, uma das cidades mais afetadas e com o maior número de animais resgatados”, relata a professora Rita.

Entre as atividades realizadas pelo projeto está o acolhimento de cães de rua e de ONGs, além do apoio essencial aos animais resgatados da enchente no RS. A função principal do projeto é encontrar casas temporárias até que os animais tenham um tutor definitivo. A estudante de Medicina Veterinária Maria Salina participou diretamente da operação no RS. “Meu papel foi ajudar no que fosse possível. Ao chegar, vi muitos animais juntos, algo que nunca tinha presenciado antes. Ajudei na retirada desses animais do abrigo, e no processo de encaminhamento para adoção ou abrigo temporário”, comenta Maria.

Participar dessa ação foi transformador para Maria. “A experiência me ajudou tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Ver o que esses animais passaram e poder contribuir para sua recuperação se tornou a minha meta de vida”, completa a aluna.

Os gauchinhos

Atualmente, o Projeto Lar Temporário acolhe sete cães resgatados do RS em lares temporários. Dois desses cães, Carlinhos e Vrau (carinhosamente chamados de “os gauchinhos”), participaram da cerimônia simbólica de entrega da bandeira do RS ao reitor da UFPR, acompanhados de seus tutores.

Ellen Alves, mãe de um aluno de Medicina Veterinária na UFPR, começou a atuar como lar temporário para Carlinhos e Vrau após conhecer o projeto através de seu filho. “Nós sabíamos do trabalho que estavam fazendo e queríamos ajudar de alguma forma. A decisão de sermos lar temporário para acolhê-los foi a melhor escolha que poderíamos ter feito”, compartilha Ellen sobre seu primeiro contato com o projeto.

Ela também conta que os cães estão com eles há cerca de três meses, período que consolidou o laço afetivo. “É o amor pelos animais que nos move a dar esse apoio. Ele faz a diferença na vida deles e na nossa. É um amor incondicional e recíproco”, diz Ellen, que decidiu adotar os dois cães definitivamente, transformando a realidade de ambos.

Para mais informações sobre o “Lar temporário”, acesse o Instagram do projeto.

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