Vereadores de São Paulo criticam decisão da Justiça de barrar homenagem a Michelle

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), se manifestou, depois de a Justiça impedir a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal da capital.

Conforme Leite, “é natural a iniciativa de se fazer o evento de segunda-feira em outro espaço, uma vez que Parlamento municipal não comportaria o número de convidados”.

Além de Leite, outros vereadores se pronunciaram. Rinaldi Digilio (União Brasil) criticou a decisão. “Estamos sendo caluniados”, disse. “É muita mentira e muita desonestidade. Temos sofrido perseguição por termos escolhido o Theatro Municipal como local para o ato.”

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle, durante desfile cívico no Dia da Independência, em Brasília – 07/09/2019 | Foto: Alan Santos/PR

Parlamentares observaram que o Theatro foi cedido em outras ocasiões para eventos semelhantes. Segundo eles, somente na atual legislatura (2021/2024), o vereador Eliseu Gabriel, do PSB, mesmo partido de Tabata Amaral, pôde usar o espaço para dois eventos.

“Tivemos a entrega de títulos de Cidadão Paulistano, da Medalha Anchieta e de Salvas de Prata em diversos outros locais, e em outros mandatos, e que não aconteceram nas dependências da Câmara Municipal”, lembrou a secretária estadual da Mulher, Sonaira Fernandes, licenciada do Legislativo. “Tudo por uma questão de espaço, de melhor acolhimento. E nunca, jamais, a Justiça interferiu. Por que, agora, quer barrar? Só por que é a Michelle?”

Homenagem a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal

Marcado para ocorrer amanhã no Theatro Municipal, o ato para a entrega da honraria a Michelle não poderá ocorrer naquele local.

Isso porque o desembargador Martin Vargas, da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, atendeu a um pedido de Erika Hilton, parlamentar trans do Psol, na sexta-feira 22.

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Parlamentar trans, Erika Hilton faz o ‘L’ durante o segundo turno das eleições – 30/10/2022 | Foto: Divulgação/Instagram

Na primeira instância, o pedido havia sido negado, porém, agora, acabou atendido em um recurso liminar. Conforme o magistrado, a realização do evento no espaço cultural tem “indícios contundentes de violação ao interesse público”.

O juiz entendeu que a cerimônia geraria custos de mais de R$ 100 mil. De acordo com Vargas, eventos semelhantes ocorrem, sem custos, na Câmara Municipal.

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Fonte : Revista Oeste

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