Pentágono Surpreso com Escolha de Trump para Secretário de Defesa: Pete Hegseth

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A escolha de Donald Trump para secretário de Defesa, Pete Hegseth, veterano da Guarda Nacional e apresentador da Fox News, deixou o Pentágono atônito. Hegseth é conhecido por ser um crítico das políticas de diversidade “woke” nas Forças Armadas e já sugeriu uma “limpeza” entre os generais que apoiam essas diretrizes.

Hegseth questionou se a nomeação do general Charles Brown como chefe do Estado-Maior Conjunto foi baseada em mérito ou na cor de sua pele, acusando-o de seguir “posições radicais de políticos de esquerda”. Ex-major da Guarda Nacional de Minnesota, Hegseth atuou como guarda na prisão de Guantánamo e serviu no Iraque e Afeganistão antes de se tornar um crítico vocal do establishment militar.

Embora tenha defendido o envio mais rápido de armas americanas à Ucrânia, Hegseth também questionou a adesão dos EUA à OTAN. Sua indicação é vista como um impulso para a extrema-direita em Israel, já que ele apoia a expansão territorial e sugeriu que os judeus poderiam construir um novo templo no Monte do Templo, local sagrado em Jerusalém.

Em 2018, Hegseth declarou em Jerusalém: “Não há razão para que o milagre do reestabelecimento do templo no Monte do Templo não seja possível.”

A escolha de Hegseth para comandar o Departamento de Defesa, com 1,3 milhão de militares e quase 1 milhão de funcionários civis, surpreendeu o Congresso e o Pentágono. Adam Smith, principal democrata no comitê de serviços armados da Câmara, expressou preocupação sobre se Hegseth teria a seriedade necessária para implementar políticas eficazes. Segundo o Army Times, oficiais militares descreveram a escolha como uma decisão inesperada.

Durante seu primeiro mandato, Trump frequentemente se desentendeu com os líderes que escolheu para o Pentágono. No entanto, Hegseth demonstra ser um leal aliado de Trump, compartilhando a mesma visão crítica ao establishment militar. Em seu livro de memórias, Hegseth defendeu uma “reforma radical” da liderança sênior do Pentágono para preparar a defesa dos EUA e afirmou: “Muitas pessoas precisam ser demitidas.”

A nomeação de Hegseth levanta preocupações entre as lideranças militares de que ele possa ajudar Trump a buscar retaliação contra generais e outros oficiais sêniores que, no passado, foram considerados insuficientemente leais ao presidente. O general aposentado Mark Milley, ex-chefe do Estado-Maior Conjunto que resistiu às tentativas de Trump de usar tropas contra manifestantes, teme ser convocado novamente para serviço ativo para enfrentar uma corte marcial.

Em recente declaração ao jornalista Bob Woodward, Milley afirmou acreditar que Trump é “fascista até o núcleo”.

Com a nomeação de Hegseth, Trump reafirma seu comprometimento com uma abordagem combativa e lealista para o comando militar em sua nova administração.

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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