Hamas diz que ataques israelenses a cidade no norte de Gaza mataram 73 pessoas; Israel contesta e diz que números são exagerados


Mais cedo, Israel já havia lançado ataques em outras áreas do território palestino. Agora, segundo os números do Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos apenas neste sábado chegou a 108. Palestinos em meio a escombros de escola atingida por ataques aéreos de Israel
REUTERS/Mahmoud Issa
Pelo menos 73 palestinos, incluindo muitas mulheres e crianças, foram mortos em ataques de Israel que atingiram vários edifícios e casas na cidade de Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, neste sábado (19), segundo o gabinete de mídia do Hamas.
Medhat Abbas, um alto funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, vinculado ao grupo extremista palestino, afirma que dezenas de pessoas também ficaram feridas e ainda há desaparecidos.
Médicos dizem que os bombardeios atingiram um prédio de vários andares e danificaram várias casas próximas.
“Esta é uma guerra de genocídio e limpeza étnica. A ocupação conduziu um massacre horrível em Beit Lahiya”, disse o escritório de mídia do Hamas.
Um oficial do Exército israelense afirma que está verificando os relatos de vítimas, mas que uma análise preliminar sugere que os números do Hamas foram exagerados e não correspondem às informações disponíveis.
Mais cedo, Israel já havia lançado ataques em outras áreas do território palestino. Agora, segundo os números do Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos apenas neste sábado chegou a 108.
Famílias que estavam em escola que servia de abrigo para deslocados receberam ordens para evacuar o local
Omar AL-QATTAA / AFP
Os bombardeios israelenses atingiram Jabalia e Shati, no norte, além de Al-Maghzai e Nuseirat, na região central de Gaza, e Khan Younis e Rafah, no sul.
ONGs que atuam em Gaza e a população local vêm acusando Israel de estar atacando o campo de refugiados de Jabalia para “limpar” o território e criar uma zona tampão no norte de Gaza. Israel nega.
Moradores e autoridades médicas dizem que as forças israelenses estão bombardeando casas e sitiando hospitais, impedindo a entrada de suprimentos médicos e alimentares para forçá-los a deixar o acampamento.
“Os hospitais no norte de Gaza sofrem com a escassez de suprimentos médicos e mão de obra e estão sobrecarregados pelo número de vítimas. Agora estamos tentando decidir quem entre os feridos precisamos atender primeiro, e vários feridos morreram porque não conseguimos lidar com eles”, denunciou o médico Hussam Abu Safiya à agência de notícias Reuters.
Imagens de satélite mostram antes e depois do bombardeio em Jabalia, na Faixa de Gaza
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