Marcos Rogério critica declarações do presidente Lula contra Israel

O senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (19), a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparando os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto. O senador classificou a comparação como “inapropriada, ofensiva e desrespeitosa” e ressaltou a gravidade histórica do Holocausto.

— O Holocausto foi um dos piores capítulos, dos mais sombrios, dos mais dolorosos da História da humanidade, quando milhões de pessoas, incluindo 6 milhões de judeus, foram sistematicamente perseguidos, torturados e assassinados pelo regime nazista. Talvez não apenas o embaixador do Brasil em Israel, mas o próprio presidente Lula tenha que ser levado a um Museu do Holocausto. Não ao de Jerusalém, mas ao Museu do Holocausto de Berlim, na Alemanha. Talvez assim ele consiga entender — disse.

Marcos Rogério também ressaltou que as declarações de Lula foram condenadas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e por entidades judaicas no Brasil, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib), que as consideraram uma “distorção da realidade e um insulto à memória das vítimas” do Holocausto e seus descendentes.

Além disso, o parlamentar alertou que as declarações do presidente Lula afrontam o ordenamento jurídico e “se enquadram em crime de responsabilidade”.

— Está passando da hora de o governo brasileiro (e aí o governo brasileiro vai além do presidente da República) dar um passo atrás e reconhecer que errou.  Exorto todos a rejeitarem veementemente as declarações de Lula e peço desculpas a todos os judeus em nome do povo brasileiro. Somos um país cristão, somos uma nação que tem por Israel uma relação de amor profundo e, por mais que lamentemos o que acontece hoje, não dá para comparar. Lamentamos a guerra; ninguém celebra a guerra, ninguém celebra violência, mas é algo que não comporta qualquer comparação. Portanto, nosso pedido sincero de desculpa ao povo judeu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Fonte: Senado Federal

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