La Niña pode trazer período de seca para o RS

O Rio Grande do Sul poderá passar por um período de estiagem entre o fim deste ano e o início de 2025, conforme informações colhidas pela Metsul Meteorologia. O Centro de Previsão Climática (CPC) da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos divulgou sua atualização mensal, apontando uma probabilidade superior a 80% para a instalação de um evento de La Niña nos próximos meses. Segundo a previsão, a La Niña deve se estabelecer oficialmente entre outubro e novembro de 2024, com a probabilidade de seu máximo impacto previsto para o final do ano e início do próximo.

Para o trimestre de setembro a novembro, as probabilidades são de 71% para La Niña, 29% para neutralidade e nenhuma chance de El Niño. A previsão para o período de outubro a dezembro aponta uma probabilidade de 81% para La Niña, e para o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025, a chance aumenta para 83%. No entanto, a partir de dezembro de 2024 até fevereiro de 2025, a probabilidade de La Niña é estimada em 77%, com 22% para neutralidade e 1% para El Niño.

Apesar das previsões otimistas da NOAA, a MetSul Meteorologia aponta que, com base nas atuais anomalias de temperatura da superfície do mar, um evento de La Niña pode não ser declarado tão cedo. Atualmente, a anomalia está na faixa de neutralidade, e para a confirmação de La Niña, as anomalias deveriam permanecer abaixo de -0,5ºC por várias semanas. A MetSul acredita que a declaração do fenômeno, se ocorrer, será mais tardia, possivelmente entre o final do outono e início do inverno de 2025.

O fenômeno La Niña é caracterizado por temperaturas abaixo do normal na superfície do Oceano Pacífico equatorial central e oriental. Esse fenômeno pode impactar significativamente o clima global, influenciando padrões de precipitação e temperatura. No Brasil, os efeitos da La Niña geralmente incluem menor precipitação no Sul do país, aumento das chuvas no Norte e Nordeste, e um risco elevado de estiagem no Sul e em Mato Grosso do Sul. O fenômeno também pode trazer ondas de calor e temperaturas extremas durante o verão no Sul, além de influenciar a temperatura média global.

A previsão para o Sul do Brasil indica que, caso a La Niña se confirme, há um risco elevado de estiagem e menos chuvas, o que pode agravar problemas relacionados à seca. No entanto, a MetSul alerta que, mesmo com a La Niña, eventos extremos de chuva e enchentes ainda podem ocorrer.

Para mais detalhes e atualizações, acesse o boletim completo da MetSul Meteorologia aqui.

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