Psicóloga faz alerta sobre febre de bonecos hiper-realistas: nossa sociedade tem caminhado para o esvaziamento das relações e a fragilidade dos vínculos

Siga @radiopiranhas

Publicado em: 16 maio 2025

“Sabemos que a ideia da gravidez, da gestação e da própria criação de filhos pode trazer sentimentos ambivalentes. Pode haver desejo, porém, pode haver também medo e receio. Para algumas pessoas, o cuidado a estes bonecos hiper-realistas representam uma tentativa simbólica de experimentar o que o indivíduo não consegue, por diversos fatores, vivenciar na realidade”. A declaração é da psicóloga, Alice Santos

No entanto,  de acordo com  Alice Santos, isto torna-se preocupante quando o indivíduo usa a relação com estes objetos como forma de escapar da realidade e como estratégia de fuga para emoções difíceis, o que leva a uma dependência afetiva no objeto inanimado.

“Tal estratégia ilustra uma das marcas da nossa sociedade contemporânea: o esvaziamento das relações e a fragilidade dos vínculos. Neste cenário, acaba se tornando mais fácil estabelecer um pretenso “vínculo” com aquilo que não retorna e com o que não há reciprocidade”, comentou.

Para a psicóloga, nestes caso, é necessário buscar acompanhamento psicológico, especialmente para tentar compreender o que o indivíduo está tentando preencher. Há de se lembrar, também, que nem tudo é passível de preenchimento, tampouco de previsibilidade. A vida real é marcada por relações, presenças e eventuais frustrações. Cabe a nós, enquanto indivíduos, termos esta percepção e atentarmos a possíveis tentativas de tamponar estas possibilidades.

Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

source

Adicionar aos favoritos o Link permanente.