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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não compareceu à audiência pública realizada nesta quarta-feira (30) pela Comissão de Segurança Pública do Senado, que debateu os desdobramentos da chamada “Vaza Toga” — série de denúncias envolvendo supostos vazamentos e irregularidades atribuídas a integrantes do Judiciário.
Moraes foi formalmente convidado a prestar esclarecimentos, ao lado dos juízes auxiliares Marco Antônio Martins Vargas e Airton Vieira, ambos ligados a seu gabinete no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nenhum dos três compareceu à sessão, marcada por declarações explosivas e pela ausência dos principais nomes envolvidos no escândalo.
A audiência foi proposta pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) e teve como primeiro depoente o jornalista português Sérgio Tavares, que relatou ter recebido um áudio do ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro. No material, Tagliaferro diz temer ser morto por ordem de Moraes, em execução supostamente atribuída à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Essas declarações não são de agora”, disse Tavares. “Se tivessem sido feitas hoje, eu não poderia divulgar o áudio e colocar em risco o plano de fuga de um homem que dizia que tinha o PCC para o matar por ordem do Alexandre de Moraes.”
Tagliaferro também não participou da audiência. Seu advogado, Eduardo Kuntz, informou que o ex-assessor não pôde estar presente e solicitou nova data para prestar depoimento remotamente. A comissão ainda analisa a possibilidade.
A ausência de Moraes foi interpretada por parlamentares como um sinal de desdém em relação à convocação do Senado. Embora o convite não tenha caráter obrigatório — já que ministros do STF não são legalmente obrigados a comparecer a audiências parlamentares — a expectativa era de que, diante da gravidade das acusações, houvesse uma manifestação direta do magistrado.
Procurado, o gabinete de Alexandre de Moraes não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
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Fonte : Hora Brasilia
