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Os empregados dos Correios e Telégrafos fazem uma paralisação de advertência, hoje, na Paraíba. A decisão foi tomada, ontem à noite, em assembleia geral híbrida, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telegráfos da Paraíba (Sintect-PB), em João Pessoa, e na subsede, em Campina Grande.
Em todo o estado, os Correios têm 1.159 empregados e 209 agências distribuídas por 205 municípios paraibanos. “Quantos dos trabalhadores participarão da paralisação só saberemos no dia, mas o nosso objetivo é alcançar os 100%”, disse Tony Cavalcante, secretário-geral do sindicato.
Conforme o representante da categoria, o principal motivo da paralisação é o descumprimento de pontos do acordo coletivo de trabalho por parte da empresa. “O plano é descontado mensalmente na folha de pagamento. Tudo indica que a empresa [Correios] não está repassando o pagamento para a Postal Saúde [plano de saúde]. Isso vem ocasionando suspensão de atendimento. Tivemos problemas com trabalhadores que tiveram até cirurgias canceladas”, contou Cavalcante.
Há 28 anos na empresa, Iranaldo da Silva vê a filha numa situação difícil em função do plano de saúde. A clínica na qual ela fazia psicoterapia não atende mais pelo Postal Saúde. “Inclusive, vou procurar o jurídico [do sindicato], a partir de quarta-feira, para a gente entrar com um processo para garantir esse atendimento, pois ela já vem há tempos com esse profissional”, disse o funcionário.
De acordo com Cavalcante, o acordo para redução do valor da copartipação, parcela paga pelos funcionários em consultas e procedimentos pelo plano, também não tem sido respeitado. “Em todo e qualquer uso do plano de saúde pelo trabalhador, pagamos ainda 30%, mesmo tendo uma ata assinada com a redução para 15%”, acrescentou.
O Sintect-PB também cobra a contratação dos aprovados no mais recente concurso público, realizado no ano passado. “O pessoal estava para ser contratado no ano passado e até agora isso não foi feito. Para completar, a empresa fez um Plano de Demissão Voluntária. Esse processo trouxe sobrecarga de serviço”, expôs o secretário-geral. A categoria também cobra investimentos em tecnologia e pesquisa para dar mais competitividade à empresa.
Mobilização
Na capital, a principal mobilização será no Centro Operacional e Administrativo dos Correios no bairro Cristo Redentor. “A partir das 6h da manhã, estaremos por lá, com carro de som, tenda e um café da manhã”, acrescentou o secretário-geral. Em outros 15 estados, também houve assembleias para deliberar sobre a paralisação de hoje. A equipe de reportagem buscou informações com a assessoria de imprensa dos Correios, na Paraíba, na noite de ontem, mas não conseguiu contato.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 29 de abril de 2025.
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A União
