Justiça condena ex-Petrobras a 29 anos por esquema da Lava Jato

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Justiça condena ex-Petrobras a 29 anos por esquema da Lava Jato

O juiz federal substituto Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Luis Alfeu Alves de Mendonça por envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

A decisão se baseia em uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal em 2020, ainda no contexto da operação Lava Jato. 

Entre 2011 e 2012, Mendonça teria pago mais de R$ 5,6 milhões em propina a Duque. O objetivo era favorecer a Multitek Engenharia, empresa da qual Mendonça era sócio, em licitações e contratos com a Petrobras que ultrapassaram R$ 525 milhões. 

A Operação Lava Jato iniciou em março de 2014 para investigar um esquema de lavagem de dinheiro. As investigações começaram por um lava-jato de Brasília e revelaram um amplo sistema de corrupção envolvendo estatais, partidos e políticos.

A acusação detalha que a propina foi paga por Duque com a ajuda dos irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch, operadores financeiros que ficaram conhecidos durante a operação.

A defesa de Mendonça argumentou que a Multitek Engenharia não se beneficiou dos contratos com a Petrobras. Já a defesa de Duque alegou que as acusações se baseiam apenas em depoimentos de colaboradores.

O juiz federal condenou Mendonça a 11 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão, e Duque a 29 anos e 2 meses, ambos com multas adicionais. Duque está preso desde agosto de 2024 e cumpre pena por outras quatro condenações.

A sentença também inclui o confisco de R$ 3,4 milhões em bens dos réus e da escultura Raízes, de Frans Krajcberg, encontrada na residência de Duque. A obra, adquirida com recursos ilícitos, ficará no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, até a decisão final do processo.

Crédito Poder360

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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