Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava golpe do falso advogado

Uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul desmantelou um esquema de estelionato que usava falsos advogados para enganar vítimas que aguardavam ações previdenciárias.

O golpe, que já prejudicou pessoas de diversas regiões, incluindo o Vale do Taquari, levou a prisões no Ceará nesta quinta-feira (27).

A investigação da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas resultou no cumprimento de 12 mandados de prisão temporária e 24 ordens de busca e apreensão.

A ação ocorreu em Fortaleza e Maracanaú, na Região Metropolitana cearense, com apoio da Polícia Civil do Ceará. Até o início da manhã, nove pessoas haviam sido presas.

Como o golpe funcionava

O grupo criminoso obtinha dados pessoais das vítimas, incluindo informações sobre processos judiciais em andamento. A partir disso, entravam em contato pelo WhatsApp, muitas vezes utilizando fotos reais de advogados ou se passando por secretárias de escritórios renomados.

Os estelionatários alegavam que o pagamento do benefício estava prestes a ser liberado, mas que antes seria necessário quitar taxas, impostos ou emitir certidões.

As vítimas, confiando na veracidade das informações, realizavam depósitos que, em média, chegavam a R$ 8 mil cada. Em alguns casos, os criminosos simulavam ligações de escritórios de advocacia para reforçar a credibilidade do golpe.

A polícia estima que o prejuízo total causado pelos golpistas seja de aproximadamente R$ 700 mil. Em uma das fraudes, os criminosos justificaram a cobrança de um falso “Imposto sobre Valor Agregado”, alegando que seria retido um valor de R$ 86 mil, mas que havia a possibilidade de solicitar a isenção mediante um pagamento antecipado.

Alerta para novas vítimas

Escritórios de advocacia têm usado as redes sociais para alertar clientes e evitar novos casos. Especialistas recomendam que ninguém faça pagamentos sem antes confirmar a veracidade da cobrança diretamente com o advogado responsável pelo processo. Além disso, reforçam que escritórios legítimos não solicitam depósitos via WhatsApp.

A Polícia Civil segue investigando o esquema e orienta que vítimas do golpe registrem boletim de ocorrência.

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