Secretário explica origem de mancha escura no mar e alerta para riscos de banho na área

O secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, Welison Silveira, explicou, nesta quarta-feira (19), as possíveis causas da mancha escura e com mau cheiro que surgiu no mar da praia do Bessa, próximo a Intermares, após o aumento do volume do Rio Jaguaribe. Ele destacou que a mancha pode ser resultado da mistura de matéria orgânica em decomposição, águas pluviais e contribuição clandestina de esgoto, mas afirmou que somente um relatório técnico bioquímico poderá confirmar a real origem do material.

“Aquele cheiro é de matéria orgânica, não necessariamente pode-se afirmar que seja esgoto. Eu não estou dizendo que não há contribuição clandestina, mas também não podemos afirmar que tudo ali seja esgoto. Existe contribuição de lençol freático, decomposição de matéria orgânica e drenagem pluvial ao longo do Rio Jaguaribe”, disse o secretário em entrevista ao Correio Debate, da 98 FM.

Ele também ressaltou que a Prefeitura de João Pessoa tem realizado diversas ações de recuperação do Rio Jaguaribe, por meio do programa João Pessoa Sustentável, incluindo relocação de famílias que viviam em áreas de risco e o combate ao despejo irregular de esgoto.

Diante da situação, Silveira recomendou que a população evite o banho no mar na faixa de 200 a 400 metros da foz do rio, entre o Bessa e Intermares, como medida de precaução. “Somente após a divulgação do relatório técnico poderemos afirmar se há contaminação por esgoto”, reforçou.

Entenda o caso

A mancha escura e de mau cheiro surgiu no mar na manhã da última segunda-feira (17), exatamente no trecho onde o Rio Jaguaribe deságua no oceano. Técnicos da Sudema e da Prefeitura de Cabedelo foram acionados para analisar a qualidade da água e investigar se o despejo afeta a balneabilidade da região.

A Sudema informou que a barreira natural que separava o pequeno canal do mar rompeu devido às fortes chuvas, enquanto a Prefeitura de Cabedelo também apontou que o fenômeno pode ter relação com o mangue. Os órgãos devem divulgar novos laudos sobre o caso nos próximos dias.

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