Brasil apresenta o maior rombo em suas contas externas em 5 anos

No mês de outubro, o Brasil apresentou um déficit de US$ 5,88 bilhões em suas contas externas, sendo este o mais alto para esse período nos últimos cinco anos. Isso é contrastante com o superavit de US$ 451 milhões registrado no ano passado. Os dados foram anunciados pelo Banco Central (BC) na manhã de segunda-feira, 25, através do relatório “Estatísticas do setor externo”.

A autarquia realiza uma avaliação mensal das transações correntes do Brasil, que inclui o saldo da balança comercial e os serviços comprados no estrangeiro. Esses serviços incluem o envio de remessas de juros, lucros e dividendos para outras nações.

Balança comercial e renda primária em foco

No mês de outubro, o superavit da balança comercial foi de US$ 3,44 bilhões, o que representa uma diminuição considerável se comparado aos US$ 8,59 bilhões de outubro do ano anterior, sinalizando uma redução de US$ 5,15 bilhões.

O déficit na renda primária, que compreende os pagamentos de juros, lucros e dividendos ao exterior, atingiu a marca de US$ 5,76 bilhões em outubro. Esse valor significa uma elevação de US$ 1,14 bilhão em relação ao mesmo mês do ano passado.

Déficit acumulado e investimento direto no Brasil

No período de 12 meses concluído em outubro, o déficit nas contas externas atingiu US$ 49,2 bilhões, correspondendo a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, em setembro, o déficit acumulado estava em US$ 42,8 bilhões, representando 1,94% do PIB.

O Investimento Direto no País (IDP) atingiu a marca de US$ 5,7 bilhões em outubro, demonstrando um crescimento em comparação aos US$ 3,1 bilhões do mesmo mês no ano anterior. No período de 12 meses, o IDP alcançou um total de US$ 66 bilhões, o que mostra um aumento no investimento estrangeiro direto no Brasil.

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