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A Pol\u00edcia Federal supostamente teria pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) autoriza\u00e7\u00e3o para realizar busca e apreens\u00e3o no gabinete do deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP), mesmo sem qualquer ind\u00edcios contra ele.\u00a0<\/span>\n<\/p>\n

A peti\u00e7\u00e3o apresentada pela PF afirmava que a opera\u00e7\u00e3o seria em benef\u00edcio do integrante da bancada evang\u00e9lica, para evitar resqu\u00edcios de d\u00favida de que o deputado n\u00e3o teria participado na \u201cempreitada criminosa\u201d no caso da \u201cAbin paralela\u201d.\u00a0<\/span>\n<\/p>\n

O pedido foi feito no inqu\u00e9rito que investiga a instrumentaliza\u00e7\u00e3o da Abin (Ag\u00eancia Brasileira de Intelig\u00eancia) para monitorar jornalistas, ministros do Supremo e advers\u00e1rios pol\u00edticos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.\u00a0<\/span>\n<\/p>\n

No entanto, o pedido da PF recebeu uma manifesta\u00e7\u00e3o contr\u00e1ria por parte da PGR (Procuradoria Geral da Rep\u00fablica), al\u00e9m de ter sido negado pelo ministro Alexandre de Moraes ao autorizar a investiga\u00e7\u00e3o do caso. Segundo informa\u00e7\u00f5es da Folha de SP, o nome do deputado Gilberto Nascimento teria sido identificado no arquivo \u201cPr\u00e9via Nini.docx\u201d apreendido pela PF na sede da Abin, em outubro de 2023,<\/span>\n<\/p>\n

O documento foi um dos que embasaram uma opera\u00e7\u00e3o de busca e apreens\u00e3o da PF em 25 de janeiro no inqu\u00e9rito que investiga o aparelhamento pol\u00edtico da ag\u00eancia e espionagem ilegal. Em despacho de Moraes, o arquivo \u00e9 descrito como um documento que tenta \u201cassociar deputados federais, bem como o excelent\u00edssimo relator Alexandre de Moraes e outros congressistas, \u00e0 organiza\u00e7\u00e3o criminosa PCC\u201d.<\/span>\n<\/p>\n

O relat\u00f3rio apresentado pela PF pedindo para que o Supremo autorizasse a opera\u00e7\u00e3o de busca e apreens\u00e3o no gabinete de Nascimento foi assinado pelo delegado Daniel Carvalho Brasil Nascimento. No mesmo documento, o delegado cita a exist\u00eancia de um arquivo parecido com o \u201cPr\u00e9via Nini.docx\u201d que afirma que o autor \u00e9 Ricardo Minussi que, de acordo com a PF, seria assessor parlamentar.<\/span>\n<\/p>\n

O relat\u00f3rio da PF afirma que o documento teria sido confeccionado em outubro de 2019 e que, no mesmo m\u00eas, o gabinete de Nascimento teria feito um pagamento de R$7.000 a uma empresa de Minussi. Na \u00e9poca da produ\u00e7\u00e3o do arquivo \u201cPrevia Nini.docx\u201d, Minussi trabalhava com os boletins administrativos da C\u00e2mara dos Deputados. Ele era autorizado pelo ent\u00e3o deputado Alan Rick (Uni\u00e3o-AC) a acessar sistemas da Casa. Em 2021, Minussi passou a ser assessor de gabinete do congressista, que hoje \u00e9 senador.<\/span>\n<\/p>\n

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No entanto, a pr\u00f3pria corpora\u00e7\u00e3o diz que a confec\u00e7\u00e3o do documento n\u00e3o poderia ser atribu\u00edda ao deputado federal. A PF diz tamb\u00e9m que v\u00e1rias partes do relat\u00f3rio tratam do deputado como Gilberto \u201cCarvalho\u201d. Os elementos de prova mostram que o documento foi feito a contragosto de Nascimento, mas que a opera\u00e7\u00e3o serviria para comprovar essa informa\u00e7\u00e3o.<\/span>\n<\/p>\n

Na decis\u00e3o em que Moraes autorizou a opera\u00e7\u00e3o, ele permite as buscas nos endere\u00e7os de Minussi, no entanto, n\u00e3o no gabinete de Nascimento. O magistrado embasou o seu entendimento nas raz\u00f5es apresentadas pela PGR de que n\u00e3o havia \u201celementos suficientes\u201d e que o deputado n\u00e3o aparecia nos autos como investigado.<\/span>\n<\/p>\n

Nascimento disse n\u00e3o ter controle das atividades realizadas por Minussi e que, mesmo n\u00e3o tendo conhecimento do inqu\u00e9rito, seguia confiando no sistema judici\u00e1rio para conduzir a investiga\u00e7\u00e3o.J\u00e1 Alan Rick disse que n\u00e3o foi alvo de opera\u00e7\u00f5es e que n\u00e3o tinha conhecimento sobre outros servi\u00e7os prestados por seus assessores fora do gabinete. O senador negou compactuar com \u201cqualquer tipo de ilegalidade\u201d.<\/span>\n<\/p>\n

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Fonte <\/p>\n

Diario do Poder<\/p>\n

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