Os t\u00e9cnicos da equipe econ\u00f4mica avaliaram que ser\u00e1 poss\u00edvel cumprir a meta fiscal em 2026. Governo apresenta principais dados para o Or\u00e7amento de 2026
\nO governo federal apresentou nesta ter\u00e7a-feira (15) os principais dados que v\u00e3o servir de base para o Or\u00e7amento de 2026.
\nEntre os n\u00fameros do projeto est\u00e1 a proje\u00e7\u00e3o para o sal\u00e1rio m\u00ednimo, que deve subir 7,4%, passando de R$ 1.518 para R$ 1.630. O aumento considera a varia\u00e7\u00e3o da infla\u00e7\u00e3o e o crescimento da economia, respeitando o limite de crescimento de gastos do arcabou\u00e7o fiscal. O valor pode mudar se a infla\u00e7\u00e3o acumulada at\u00e9 o fim do ano for diferente da previs\u00e3o do governo.
\nO projeto tamb\u00e9m trouxe estimativa de despesas. Os gastos com benef\u00edcios previdenci\u00e1rios devem passar de R$ 1,1 trilh\u00e3o, um aumento de 12% em rela\u00e7\u00e3o ao Or\u00e7amento de 2025, e as emendas parlamentares devem chegar a R$ 53 bilh\u00f5es em 2026.
\nOs t\u00e9cnicos da equipe econ\u00f4mica avaliaram que ser\u00e1 poss\u00edvel cumprir a meta fiscal em 2026, fazer com que a receita fique acima dos gastos.
\n“N\u00f3s mostramos o fato das metas que s\u00e3o definidas, elas s\u00e3o perseguidas, elas t\u00eam sido entregues e as medidas que s\u00e3o necess\u00e1rias para atingir o cumprimento dessas metas e do que estabelecido no regramento fiscal, elas s\u00e3o adotadas. Ent\u00e3o, a gente tem buscado isso e tem conseguido fazer\u201d, afirma Viviane Varga, secret\u00e1ria-adjunta do Tesouro Nacional.
\nGoverno apresenta principais dados que v\u00e3o servir de base para o Or\u00e7amento de 2026
\nJornal Nacional\/ Reprodu\u00e7\u00e3o
\nO governo espera cortar quase R$ 9 bilh\u00f5es em despesas com medidas como a revis\u00e3o de benef\u00edcios previdenci\u00e1rios e tamb\u00e9m aumentar as receitas em R$ 118 bilh\u00f5es. Mas, segundo os t\u00e9cnicos da equipe econ\u00f4mica, sem subir impostos, com a\u00e7\u00f5es como a recupera\u00e7\u00e3o de tributos devidos.
\nO super\u00e1vit previsto \u00e9 de 0,25% do PIB – o conjunto de todos os bens e servi\u00e7os produzidos pelo pa\u00eds no ano. Para 2027, a previs\u00e3o \u00e9 aumentar o super\u00e1vit para 0,5% do PIB, e chegar a 1% do PIB no ano seguinte.
\nA regra fiscal estabelece que esses resultados podem variar dentro de um intervalo sem que a meta seja descumprida. Uma banda de 0,25% do PIB para mais ou para menos. Nessa conta, o governo pode tirar do c\u00e1lculo R$ 55 bilh\u00f5es em despesas com precat\u00f3rios, senten\u00e7as judiciais. Na pr\u00e1tica, mesmo que o governo cumpra oficialmente a meta, as contas podem terminar 2026 no vermelho, com um rombo de R$ 16,9 bilh\u00f5es.
\n“Tem dois aspectos que permitem que o governo entregue o resultado prim\u00e1rio muito pior do que a meta que est\u00e1 estabelecida e ainda assim a meta ser formalmente cumprida. Um desses aspectos \u00e9 o volume de precat\u00f3rios extra-limite que, por decis\u00e3o do STF, at\u00e9 o ano que vem pode ser retirado do limite de despesas e da meta de resultado prim\u00e1rio. E o outro fator \u00e9 a banda de flutua\u00e7\u00e3o de resultado prim\u00e1rio, de 0,25% do PIB, que foi colocada pelo arcabou\u00e7o fiscal. A capacidade do governo gastar menos do que arrecada \u00e9 muito importante para crescimento. N\u00e3o \u00e9 uma quest\u00e3o puramente fiscal. \u00c9 importante para o crescimento, \u00e9 importante para o desenvolvimento, \u00e9 importante para a gera\u00e7\u00e3o de emprego\u201d, explica Jeferson Bittencourt, chefe de macroeconomia do ASA.
\nPara as empresas estatais do governo federal, a previs\u00e3o \u00e9 de mais um d\u00e9ficit – quase R$ 7 bilh\u00f5es em 2026.
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