Caso completa 7 dias nesta segunda-feira (14). Os suspeitos ficar\u00e3o presos temporariamente, por 30 dias, at\u00e9 a conclus\u00e3o das investiga\u00e7\u00f5es. Outras grava\u00e7\u00f5es tamb\u00e9m est\u00e3o sendo analisadas. A Pol\u00edcia Civil anunciou, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (14), que cumpriu mandados de pris\u00e3o tempor\u00e1ria de quatro seguran\u00e7as, de 33, 41, 44 e 48 anos, envolvidos em um suposto caso de estupro a uma mulher de 31 anos, na casa dela, em um condom\u00ednio fechado no Bairro Cruzeiro de Santo Ant\u00f4nio, na Cidade Alta de Juiz de Fora.
\nOs policiais tamb\u00e9m foram at\u00e9 a casa do fot\u00f3grafo, de 24 anos, que n\u00e3o foi localizado e, por isso, \u00e9 considerado foragido.
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\nO caso completou sete dias nesta segunda-feira (14).
\nConforme informa\u00e7\u00f5es da delegada Fl\u00e1via Granado, no momento da den\u00fancia de estupro feita pela v\u00edtima, os suspeitos j\u00e1 n\u00e3o podiam ser presos em flagrante.
\n \u201cA v\u00edtima demorou um certo tempo, at\u00e9 ela entender tudo que tinha acontecido, buscar nas imagens de seguran\u00e7a e levar isso ao conhecimento da delegacia. Ent\u00e3o os autores n\u00e3o estavam em estado flagrancial, e a gente n\u00e3o podia ir l\u00e1 e captur\u00e1-los e prend\u00ea-los. A partir dos primeiros elementos de prova, \u00e9 que a gente come\u00e7ou a tentar buscar entender o que havia se passado ali e desvendar o crime da forma como foi. E a\u00ed s\u00f3 assim a gente fez a representa\u00e7\u00e3o pela pris\u00e3o tempor\u00e1ria dos autores\u201d.
\nDe acordo com as investiga\u00e7\u00f5es, foi confirmada a vers\u00e3o apresentada pela v\u00edtima de que a entrada do fot\u00f3grafo \u2013 que n\u00e3o era conhecido da mulher – ao condom\u00ednio foi liberada por um seguran\u00e7a e que outros vigilantes do condom\u00ednio entraram na casa dela pelo muro.
\nAlguns detalhes, no entanto, ainda continuam sob sigilo e n\u00e3o foram informados durante a coletiva.
\n\u201cO que posso dizer \u00e9 que teve uma pessoa que um dos vigilantes autorizou a entrada. A gente tem que verificar at\u00e9 onde ele tem a participa\u00e7\u00e3o no crime, at\u00e9 onde ele tinha conhecimento de que aquilo ali ia ser praticado dentro da casa da v\u00edtima e os demais, os outros tr\u00eas que v\u00e3o at\u00e9 a casa da v\u00edtima, ficam uma hora, quase meia hora em um primeiro momento e meia hora em um segundo momento. O que eles estavam fazendo l\u00e1? Se eles n\u00e3o trouxerem como prova testemunhal, se eles n\u00e3o poderem declarar o que eles estavam fazendo, vale muito a palavra da v\u00edtima nesse momento, porque a gente tem a prova das c\u00e2meras, a prova pericial que j\u00e1 foi elaborada e mais a palavra da v\u00edtima\u201d.
\nA delegada tamb\u00e9m refor\u00e7ou que houve ato sexual, que j\u00e1 havia sido confirmado por exames realizados no Hospital de Pronto-Socorro (HPS). Conforme Fl\u00e1via Granado, os ind\u00edcios levam a crer que n\u00e3o houve consentimento, inclusive da entrada dos homens \u00e0 resid\u00eancia.
\n \u201cCrimes de viol\u00eancia sexual s\u00e3o complexos exatamente por isso, porque at\u00e9 onde vai o consentimento da mulher e at\u00e9 que ponto ela pode consentir? O que a gente pode dizer \u00e9 que, quando a gente convida para a nossa casa, a pessoa entra pela porta da frente. Ela n\u00e3o entra pulando o muro. N\u00e3o houve consentimento para ele entrar na casa. Isso \u00e9 um fato, um fato comprovado pelas c\u00e2meras, porque ela n\u00e3o o convidou\u201d.
\nLogo ap\u00f3s a coletiva, Thiago Rodrigues, advogado de defesa do fot\u00f3grafo, refor\u00e7ou que confia na inoc\u00eancia do cliente, que deve se apresentar \u00e0 pol\u00edcia.
\nO g1 ainda tenta fazer contato com a defesa dos outros suspeitos e tamb\u00e9m com a empresa de seguran\u00e7a do condom\u00ednio.
\nGrava\u00e7\u00f5es feitas pelo suspeito ser\u00e3o analisadas
\nDurante a semana, a defesa do suspeito teria apresentado v\u00eddeos que mostrariam rela\u00e7\u00f5es \u00edntimas entre e o suspeito em outro momento.
\nA delegada Fl\u00e1via Granado disse que investiga os materiais, mas que, caso o ato seja confirmado, \u00e9 necess\u00e1rio avaliar o estado alco\u00f3lico da v\u00edtima. \u201cEle [suspeito] poder\u00e1 responder por gravar conte\u00fado \u00edntimo sem autoriza\u00e7\u00e3o da pessoa. Ele pode estar respondendo por esse crime tamb\u00e9m. Essas imagens que a gente tem est\u00e3o sob sigilo, e a gente vai apurar a autenticidade dela\u201d.
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\nOutra apura\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m avalia se a v\u00edtima fez uso de medica\u00e7\u00e3o para dormir. \u201cN\u00f3s vamos verificar, atrav\u00e9s de pareceres m\u00e9dicos, se essa medica\u00e7\u00e3o pode influenciar nesse consentimento da v\u00edtima, ainda que o fot\u00f3grafo tenha dito que essa rela\u00e7\u00e3o foi consentida, se esse consentimento poderia estar viciado da v\u00edtima consentir, por\u00e9m, ela n\u00e3o ter consci\u00eancia do que ela estava fazendo\u201d, explicou a delegada Carolina Magalh\u00e3es.
\nMulher denunciou o estupro
\nO crime aconteceu na madrugada de domingo para segunda-feira (7). Segundo informa\u00e7\u00f5es que constam no boletim registrado na Pol\u00edcia Militar, a mulher disse que estava em um evento em um restaurante no Bairro Cascatinha, acompanhada de duas amigas. As tr\u00eas consumiram bebida alco\u00f3lica e n\u00e3o tinham condi\u00e7\u00f5es de dirigir de volta para casa.
\nUm fot\u00f3grafo, que participava do evento em que ela estava, ent\u00e3o teria percebido a situa\u00e7\u00e3o e se oferecido para dirigir o carro dela at\u00e9 onde a mulher mora.
\nDurante o trajeto, a v\u00edtima ligou para um amigo, que a encontrou na resid\u00eancia, ajudando-a a entrar. Depois, teria chamado um carro de aplicativo para o fot\u00f3grafo ir embora e, em seguida, tamb\u00e9m deixou o condom\u00ednio junto com uma colega da mulher.
\nA mulher e a outra amiga permaneceram no im\u00f3vel, onde tamb\u00e9m estavam a m\u00e3e dela e duas crian\u00e7as. Segundo a Pol\u00edcia Civil, estas pessoas estariam num quarto de h\u00f3spedes dormindo e n\u00e3o teriam visto nenhuma movimenta\u00e7\u00e3o.
\nMais tarde, o fot\u00f3grafo retornou ao restaurante, pegou o pr\u00f3prio autom\u00f3vel, voltou ao condom\u00ednio, entrou no local com a ajuda de um vigilante e pulou o muro da resid\u00eancia. O fato foi confirmado por testemunhas e imagens de c\u00e2meras de monitoramento. Outras grava\u00e7\u00f5es ainda teriam registrado o momento em que os cinco homens, o fot\u00f3grafo e os vigilantes, entraram no im\u00f3vel.
\n\u00c0 PM, a mulher relatou que um dos homens entrou no quarto e a estuprou. Ela disse que n\u00e3o conseguiu reagir porque estava muito alcoolizada. No dia seguinte, ao ver as imagens das c\u00e2meras, reconheceu os suspeitos e procurou atendimento m\u00e9dico.
\nO boletim policial cita que, diante dos fatos, a administra\u00e7\u00e3o do condom\u00ednio acionou o t\u00e9cnico respons\u00e1vel pelas c\u00e2meras, segundo encontradas imagens que confirmam a entrada do ve\u00edculo do fot\u00f3grafo \u00e0s 0h50 da segunda-feira (7), indo at\u00e9 a casa da v\u00edtima.
\nAinda conforme o BO, os vigilantes acompanharam o carro em motocicletas e que depois conversam por alguns instantes. Ap\u00f3s essa conversa, o rapaz \u201cinvade a casa da v\u00edtima pulando um dos muros, sendo assistido pelos seguran\u00e7as que n\u00e3o o impediram de pular\u201d. As imagens tamb\u00e9m teriam flagrado um dos vigilantes buscando uma escada em uma obra pr\u00f3xima, colocando-a no muro da casa da v\u00edtima e tamb\u00e9m invadindo o im\u00f3vel.
\nPouco tempo depois, mais dois vigilantes tamb\u00e9m entram na casa pelo port\u00e3o. Eles teriam sa\u00eddo de l\u00e1 \u00e0s 2h06mim.
\nASSISTA: Advogada em Juiz de Fora esclarece d\u00favidas sobre viol\u00eancia contra a mulher
\nMG Responde: advogada em Juiz de Fora esclarece d\u00favidas sobre viol\u00eancia contra a mulher
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