Tipo de constru\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 considerada segura e ainda oferece risco \u00e0 sa\u00fade. Estrutura favorece a prolifera\u00e7\u00e3o de barbeiros, que transmissor da doen\u00e7a de Chagas. Aldeia Wassu-Cocal tem mais de 100 casas de taipa, segundo o DSEI
\nAscom\/MPF
\nAs casas feitas de barro ainda hoje servem de moradia para centenas de ind\u00edgenas da aldeia Wassu-Cocal, localizada na cidade de Joaquim Gomes, em Alagoas. O tipo de constru\u00e7\u00e3o, muito comum no Norte e Nordeste brasileiro, aponta para um problema real: o d\u00e9ficit habitacional.
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\nEnquanto vivem da agricultura e da apicultura, os ind\u00edgenas da Wassu-Cocal enfrentam os riscos de habitar em constru\u00e7\u00f5es que n\u00e3o s\u00e3o oferecem seguran\u00e7a. As paredes de taipa s\u00e3o consideradas fr\u00e1geis e podem desabar sob chuvas intensas ou ventos fortes.
\nCasa de taipa ind\u00edgenas wassu cocal alagoas
\nAscom\/MPF
\nAl\u00e9m dos riscos estruturais, essas constru\u00e7\u00f5es tamb\u00e9m amea\u00e7am a sa\u00fade dos moradores. A deteriora\u00e7\u00e3o do barro cria buracos que se tornam abrigo para o barbeiro, inseto transmissor da doen\u00e7a de Chagas.
\n“Quem sabe onde aperta o sapato \u00e9 quem cal\u00e7a. Estou vendo a hora da minha neta ser soterrada”, disse Maria Augusta, moradora da aldeia.
\nDurante fiscaliza\u00e7\u00e3o realizada na tribo ind\u00edgena na quarta-feira (2), equipes do Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal (MPF) constataram que a vulnerabilidade dessas habita\u00e7\u00f5es e a aus\u00eancia de saneamento b\u00e1sico s\u00e3o um alerta vermelho.
\n\ud83d\uded6\ud83c\udf43Risco de desabamento e superlota\u00e7\u00e3o
\nEscola foi constru\u00edda em barreira
\nAscom\/MPF
\nNa aldeia, o per\u00edodo chuvoso preocupa n\u00e3o s\u00f3 quem vive em casas de taipa, mas tamb\u00e9m quem frequenta uma das escolas da aldeia, cuja estrutura est\u00e1 amea\u00e7ada pelo risco de desmoronamento de uma barreira.
\nDe acordo com o MPF, as escolas da comunidade ind\u00edgena tamb\u00e9m sofrem com a superlota\u00e7\u00e3o de alunos. A equipe visitou a escola rural Manoel Hon\u00f3rio e constatou que l\u00e1 s\u00e3o oferecidas cinco salas para atender 92 alunos, sem estrutura adequada para professores e estudantes.
\nDurante a reuni\u00e3o, a Prefeitura de Joaquim Gomes se comprometeu a elaborar projetos voltados \u00e0 melhoria habitacional da comunidade. O g1 AL entrou em contato com o Munic\u00edpio, mas n\u00e3o obteve retorno at\u00e9 a \u00faltima atualiza\u00e7\u00e3o dessa reportagem.
\nV\u00cdDEO: conhe\u00e7a mais sobre a etnia Wassu-Cocal
\nNo Dia dos Povos Ind\u00edgenas, conhe\u00e7a mais sobre a etnia Wassu-Cocal, em Joaquim Gomes
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