Tr\u00eas dos cinco ministros j\u00e1 votaram para aceitar a den\u00fancia da PRG contra ‘n\u00facleo crucial’ da organiza\u00e7\u00e3o que teria planejado um golpe de Estado. Anderson Torres era secret\u00e1rio de Seguran\u00e7a P\u00fablica do DF durante 8 de janeiro. Den\u00fancia de golpe: Moraes fala de Anderson Torres durante voto
\nA Primeira Turma do STF retomou, nesta quarta-feira (26), o julgamento para decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados viram r\u00e9us por tentativa de golpe de Estado. Tr\u00eas dos cinco ministros j\u00e1 votaram para aceitar a den\u00fancia apresentada pela Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica (PGR) (veja detalhes abaixo).
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\nUm dos denunciados \u00e9 Anderson Torres, considerado um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a den\u00fancia da PGR, Torres fazia parte do n\u00facleo “crucial” da trama golpista. Ele foi ministro da Justi\u00e7a no governo de Bolsonaro, de 2021 a 2022. No dia dos ataques \u00e0s sedes dos Tr\u00eas Poderes, em 8 de janeiro de 2023, ele era secret\u00e1rio de Seguran\u00e7a P\u00fablica do Distrito Federal.
\nPara o ministro Alexandre de Moraes\u2014 relator do caso no Supremo, que deu o primeiro voto \u2014 h\u00e1 ind\u00edcios “suficientes” e “razo\u00e1veis” da autoria de Anderson Torres para o recebimento da den\u00fancia contra ele (veja v\u00eddeo acima).
\n“O eminente advogado disse que houve s\u00f3 a leitura de um documento, em uma live, em poucos minutos. Sem fazer ju\u00edzo de valor e que seria irrelevante. A utiliza\u00e7\u00e3o do cargo para atacar institui\u00e7\u00f5es, atacar a Justi\u00e7a Eleitoral, para falar de urnas, nunca \u00e9 irrelevante”, diz Alexandre de Moraes.
\nAinda segundo o relator, ind\u00edcios apresentados pela PGR “mostram o exerc\u00edcio do cargo de ministro da Justi\u00e7a para atuar claramente contra as institui\u00e7\u00f5es, em especial contra a Justi\u00e7a Eleitoral e contra o livre exerc\u00edcio de voto direto, secreto, universal e peri\u00f3dico”.
\nNesta ter\u00e7a-feira, durante o posicionamento da defesa dos acusados, o advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, disse que a den\u00fancia contra Torres \u00e9 “inepta e permeada de falsas acusa\u00e7\u00f5es” e pediu a rejei\u00e7\u00e3o da den\u00fancia por falta de justa causa. Veja outros argumentos usados pela defesa aqui.
\nTorres foi preso em 14 de janeiro de 2023, por determina\u00e7\u00e3o do ministro Alexandre de Moraes. Quatro meses depois, ele foi solto e, desde ent\u00e3o, \u00e9 monitorado por tornozeleira eletr\u00f4nica.
\nDen\u00fancia do golpe
\nO ent\u00e3o ministro da Justi\u00e7a Anderson Torres e Bolsonaro em foto de 27 de junho de 2022
\nEVARISTO SA \/ AFP
\nMoraes \u00e9 o relator, no STF, do inqu\u00e9rito que apura uma tentativa de golpe de Estado por parte de Bolsonaro e de seu entorno em 2022. A an\u00e1lise da den\u00fancia da PRG contra o chamado “n\u00facleo crucial” da organiza\u00e7\u00e3o criminosa golpista iniciou nesta ter\u00e7a (25) e foi retomado nesta quarta-feira.
\nA Primeira Turma do STF formou maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados r\u00e9us por tentativa de golpe de Estado em 2022. Tr\u00eas dos cinco ministros j\u00e1 votaram para aceitar a den\u00fancia apresentada pela PGR.
\nOs votos foram dos ministros Alexandre de Moraes, Fl\u00e1vio Dino e Luiz Fux. Ainda faltam votar Cristiano Zanin e C\u00e1rmen L\u00facia. Se a maioria for confirmada, os acusados passar\u00e3o a responder a um processo penal, que pode levar a condena\u00e7\u00f5es com penas de pris\u00e3o.
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