{"id":255396,"date":"2025-03-23T08:14:20","date_gmt":"2025-03-23T11:14:20","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia4.jornalfloripa.com.br\/leragencia4\/255396"},"modified":"2025-03-23T08:14:20","modified_gmt":"2025-03-23T11:14:20","slug":"professor-grava-curta-metragem-com-alunos-e-faz-estreia-em-sala-de-cinema-audiovisual-como-forma-de-ensino","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia4.jornalfloripa.com.br\/leragencia4\/255396","title":{"rendered":"Professor grava curta-metragem com alunos e faz estreia em sala de cinema: ‘Audiovisual como forma de ensino’"},"content":{"rendered":"

Augustto Guimar\u00e3es foi indicado ao pr\u00eamio Professor Porvir e seu trabalho com o filme foi reconhecido por toda a comunidade escolar e pela regi\u00e3o de Itatiba, no interior de S\u00e3o Paulo. Alunos da Emeb ‘Rosa Maria Ferrari Belgini’, em Itatiba (SP)
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\nRoubando a cena com apenas quatro ou seis anos, alunos de uma escola municipal de Itatiba, no interior de S\u00e3o Paulo, encararam as c\u00e2meras e os holofotes ao gravarem um filme pela primeira vez. Assim como o sucesso “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, o curta-metragem “A Lebre e a Tartaruga”, de Augustto Guimar\u00e3es, ganhou reconhecimento fora da sua “bolha” e conquistou uma indica\u00e7\u00e3o para pr\u00eamio.
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\nO filme independente, que garantiu a indica\u00e7\u00e3o ao Pr\u00eamio Professor Porvir, foi produzido e dirigido pelo pedagogo Augustto de Paula Guimar\u00e3es, de 23 anos, professor e especialista em gest\u00e3o escolar, que sempre gostou da s\u00e9tima arte.
\n“O cinema \u00e9 uma arte muito completa, contempla diversos aspectos, como visuais, sonoros e tecnol\u00f3gicos. Quando entrei para a educa\u00e7\u00e3o, vi uma oportunidade de trabalhar com ele e trazer essa experi\u00eancia aos pequenos, que, muitas vezes, nunca foram a um cinema ou n\u00e3o conhecem o trabalho por tr\u00e1s de obras como esta”, contou o profissional ao g1.
\nAugustto Guimar\u00e3es \u00e9 professor da rede municipal de Itatiba (SP)
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\n\ud83c\udfac ‘Audiovisual como ensino’
\nOs atores que fazem parte do elenco s\u00e3o alunos da Emeb “Rosa Belgini”, da \u00e1rea rural de Itatiba. O professor leciona na escola desde 2023, \u00e9poca em que come\u00e7ou a rascunhar a ideia de inserir um trabalho audiovisual nos m\u00e9todos de ensino.
\n“J\u00e1 passei pelo 5\u00ba ano, por uma fase dois na educa\u00e7\u00e3o infantil, e realizei o que seria o rascunho do curta. Produzi alguns curtas-metragens baseados no g\u00eanero textual conto de assombra\u00e7\u00e3o, presente no curr\u00edculo do 5\u00ba ano. Essa foi minha primeira experi\u00eancia colocando o audiovisual como forma de ensino e, com o sucesso desse trabalho, percebi que gostaria de levar a ideia para as pr\u00f3ximas salas que eu lecionasse”, conta.
\nAlunos da Emeb ‘Rosa Maria Ferrari Belgini’, de Itatiba (SP), que interpretaram a Lebre e a Tartaruga
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\nSegundo Augustto, no contexto da educa\u00e7\u00e3o infantil, principalmente no curr\u00edculo do ensino fundamental, \u00e9 necess\u00e1rio abordar temas como a leitura e as f\u00e1bulas na rotina da sala de aula.
\nO conto de Esopo “A Lebre e a Tartaruga”, uma das hist\u00f3rias lidas durante as aulas, foi escolhido pelos pr\u00f3prios alunos para ser adaptado para o curta-metragem.
\n“Conforme as crian\u00e7as demonstravam mais interesse por uma hist\u00f3ria ou outra, fui guardando, e chegamos \u00e0 conclus\u00e3o de que a f\u00e1bula ‘A Lebre e a Tartaruga’ era a narrativa mais adequada para o filme, pela quantidade de personagens, que se aproximava do n\u00famero de estudantes na turma, e pelos cen\u00e1rios, que se deram nos diferentes espa\u00e7os da escola, que \u00e9 completamente cercada e inserida na natureza”, explicou.
\nFilme foi exibido em sala de cinema reservada para a escola municipal de Itatiba (SP)
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\nO pedagogo tamb\u00e9m contou ao g1 que os estudantes aproveitaram a experi\u00eancia de gravar um filme, e que os maiores ganhos dela foram os primeiros contatos: a primeira vez vendo e manipulando uma c\u00e2mera; a primeira vez se assistindo em um material audiovisual; e a primeira vez indo a um cinema.
\n“Estas experi\u00eancias enriquecem e revelam novas possibilidades nos universos particulares de um coletivo de crian\u00e7as, cada uma sentindo, compreendendo e aproveitando as etapas do projeto de maneiras \u00fanicas.”
\n“Foi muito alegre e encantador. As crian\u00e7as da fase dois foram muito resilientes e n\u00e3o deixaram a empolga\u00e7\u00e3o de lado durante esta etapa. Como professor, pude perceber a matura\u00e7\u00e3o dos pequenos durante o processo, ao entenderem que, para se atingir um objetivo, existem diversas fases a serem finalizadas. Al\u00e9m disso, a atua\u00e7\u00e3o traz para crian\u00e7as desta faixa et\u00e1ria novas possibilidades de express\u00e3o e aprimoramento na comunica\u00e7\u00e3o”, acrescenta.
\nPersonagem do curta-metragem ‘A Lebre e a Tartaruga’, obra adaptada por professor de Itatiba (SP)
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\n\ud83d\udcfd\ufe0f Estreia na telona
\nO filme foi gravado durante um m\u00eas, com uma c\u00e2mera profissional, e a narra\u00e7\u00e3o foi gravada com um celular. Tudo isso foi editado por meio de um software pelo computador. De acordo com Augustto, estas foram as \u00fanicas etapas das quais os estudantes n\u00e3o participaram efetivamente.
\nDando a oportunidade de poder ver um filme no cinema para alunos que nunca haviam vivido essa experi\u00eancia antes, o professor conseguiu uma parceria com um cinema da cidade e reservou uma sala para exibir o curta ao alunos da Emeb “Rosa Belgini”.
\nConto de Esopo ‘A Lebre e a Tartaruga’ foi adaptado para curta-metragem em Itatiba (SP)
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\nO local foi decorado com o p\u00f4ster do filme e as crian\u00e7as puderam assistir juntas \u00e0 obra, com direito a pipoca e refrigerante.
\n“Organizamos o passeio e as crian\u00e7as estavam muito ansiosas. Foi um dia muito leve e divertido, visto que a grande maioria dos estudantes presentes nunca havia frequentado um espa\u00e7o como esse. Se vendo na telona, cada aluno p\u00f4de conferir a obra produzida com tanto trabalho em equipe. Este foi o fechamento do ‘Projeto Curtinha: a grande premi\u00e9re'”, destacou.
\nAlunos de escola municipal e atores de curta-metragem assistiram ao filme em uma sala de cinema em Itupeva (SP)
\nAugustto Guimar\u00e3es\/Arquivo pessoal
\nAssista ao curta ‘A Lebre e a Tartaruga’ abaixo:
\nIndica\u00e7\u00e3o ao pr\u00eamio Professor Porvir
\nPela dedica\u00e7\u00e3o e criatividade investidas na obra, o pedagogo conseguiu uma indica\u00e7\u00e3o ao Pr\u00eamio Professor Porvir, que premia nacionalmente educadores de escolas p\u00fablicas ou privadas que desenvolvem projetos pedag\u00f3gicos inovadores.
\nEntre 900 participantes, Augustto foi um dos 30 finalistas do pr\u00eamio, mas n\u00e3o conseguiu a vit\u00f3ria, que era decidida por meio de vota\u00e7\u00e3o popular. Apesar disso, o salto do trabalho foi positivo e ele ganhou notoriedade n\u00e3o s\u00f3 na comunidade escolar e entre os pais das crian\u00e7as, mas tamb\u00e9m por toda a regi\u00e3o.
\n“Logo ap\u00f3s o passeio ao cinema, o curta-metragem foi disponibilizado aos pais e respons\u00e1veis para que as fam\u00edlias pudessem assistir ao filme em suas casas. Dessa maneira, ao democratizar o acesso \u00e0 obra, o trabalho realizado nos ambientes escolares transbordou os muros da institui\u00e7\u00e3o e chegou \u00e0 comunidade e aos contextos familiares e sociais de cada crian\u00e7a. Muitos pais entraram em contato agradecendo e elogiando o projeto, o que me deixou muito contente, visto que seus filhos s\u00e3o as grandes estrelas e benefici\u00e1rias diretas deste trabalho”, finalizou o professor.
\nUma publica\u00e7\u00e3o feita pela Prefeitura de Itatiba tamb\u00e9m homenageou o trabalho do pedagogo. Veja abaixo:
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