Animal foi identificado nas proximidades do Morro Dois Irm\u00e3os, por c\u00e2meras subaqu\u00e1ticas, pelo Projeto Tubar\u00f5es e Raias de Noronha. Tubar\u00e3o-martelo marcado \u00e9 registrado em Fernando de Noronha
\nUm tubar\u00e3o-martelo que recebeu um transmissor preso \u00e0 nadadeira, para pesquisa, no in\u00edcio do ano, teve a presen\u00e7a registrada pelas c\u00e2meras subaqu\u00e1ticas de monitoramento pela primeira vez. (veja v\u00eddeo acima). O animal foi identificado nas proximidades do Morro Dois Irm\u00e3os, no s\u00e1bado (15).
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\nDe nome cient\u00edfico Sphyrna mokarran, a presen\u00e7a da esp\u00e9cie em Noronha n\u00e3o \u00e9 comum. Os pesquisadores comemoraram por se tratar de um tubar\u00e3o-martelo marcado na expedi\u00e7\u00e3o realizada na ilha nos meses de entre janeiro e fevereiro deste ano.
\nO tubar\u00e3o est\u00e1 com um transmissor ac\u00fastico externo na base da primeira nadadeira dorsal (vis\u00edvel no v\u00eddeo). Este transmissor foi viabilizado pelo pesquisador Jones Santander-Neto, professor do Instituto Federal do Esp\u00edrito Santo (Ifes), que tamb\u00e9m participa da pesquisa. O trabalho \u00e9 realizado pelo Projeto Tubar\u00f5es e Raias.
\nO equipamento permite \u00e0 equipe do projeto rastrear os movimentos do tubar\u00e3o ao redor do arquip\u00e9lago.
\nA bi\u00f3loga Bianca Rangel, pesquisadora da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP), e que tamb\u00e9m coordena o projeto Tubar\u00f5es e Raias, avaliou a import\u00e2ncia do registro.
\n“Embora seja muito dif\u00edcil identificar um indiv\u00edduo espec\u00edfico em imagens subaqu\u00e1ticas, seja durante mergulhos ou por meio de c\u00e2meras remotas, marcamos at\u00e9 agora apenas dois tubar\u00f5es-martelo com transmissores ac\u00fasticos externos: um macho e uma f\u00eamea. No v\u00eddeo, observamos uma f\u00eamea. Se trata do indiv\u00edduo marcado no dia 6 de fevereiro deste ano”, avaliou Bianca Rangel.
\nEsta t\u00e9cnica de c\u00e2mera remota \u00e9 chamada de BRUVS (Baited Remote Underwater Video System) e \u00e9 utilizada no mundo inteiro para monitorar os tubar\u00f5es.
\nA esta\u00e7\u00e3o de filmagem permite gravar o comportamento dos animais sem a interfer\u00eancia do mergulhador na \u00e1gua.
\nPrese\u00e7a de tubar\u00e3o-martelo em Noronha n\u00e3o \u00e9 comum
\nAna Paula Prim\/Acervo pessoal
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\nO coordenador do Projeto Tubar\u00f5es e Raias, Fabio Borges, \u00e9 respons\u00e1vel pela coleta de dados que s\u00e3o inclu\u00eddos num projeto mundial de estudo de tubar\u00f5es (Global FinPrint).
\n\u201cO sistema \u00e9 montado com uma c\u00e2mera de v\u00eddeo compacta fixa em uma estrutura de metal ou concreto. Uma caixinha com sardinhas fica presa na frente da c\u00e2mera por uma haste de PVC. Os BRUVS s\u00e3o lan\u00e7ados direto do barco e filmam por aproximadamente 60 minutos\u201d explicou Borges.
\nNo Brasil, o levantamento \u00e9 coordenado pelo pesquisador Ricardo Garla, que tem mais de 20 anos de experi\u00eancia em estudos com tubar\u00f5es em Fernando de Noronha.
\nSegundo dos estudiosos, esse registro revela que o grande tubar\u00e3o-martelo ainda permanece por Noronha, depois de mais de um m\u00eas da captura e marca\u00e7\u00e3o.
\nUm tubar\u00e3o da esp\u00e9cie tamb\u00e9m foi visto por moradores e turistas em um passeio de canoa havaiana, em fevereiro deste ano. Os estudiosos informaram que que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel afirmar com 100% de certeza que se trata do mesmo animal registrado no final de semana.
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