{"id":15873,"date":"2024-03-28T09:41:26","date_gmt":"2024-03-28T12:41:26","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia4.jornalfloripa.com.br\/leragencia4\/15873"},"modified":"2024-03-28T09:41:26","modified_gmt":"2024-03-28T12:41:26","slug":"conheca-a-vida-do-homem-que-sobreviveu-a-5-campos-de-concentracao-no-holocausto","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia4.jornalfloripa.com.br\/leragencia4\/15873","title":{"rendered":"Conhe\u00e7a a vida do homem que sobreviveu a 5 campos de concentra\u00e7\u00e3o no Holocausto"},"content":{"rendered":"
O Museu da Imagem e do Som (MIS)<\/strong>, em S\u00e3o Paulo, se tornou uma \u201cr\u00e9plica\u201d do terr\u00edvel cen\u00e1rio criado pelo governo nazista nos tempos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Tudo para levar os visitantes a terem uma m\u00ednima no\u00e7\u00e3o do drama vivido pelos judeus e por outros povos perseguidos durante os horrores do Holocausto.\u00a0<\/p>\n Leia mais: \u201cHolocausto \u2018n\u00e3o pode ser comparado a nada\u2019, diz chanceler alem\u00e3\u201d<\/strong><\/p>\n O fio da meada dessa hist\u00f3ria \u00e9 a vida do sobrevivente judeu Julio Gartner e toda a trajet\u00f3ria, desde sua inf\u00e2ncia na antissemita Crac\u00f3via, na Pol\u00f4nia, at\u00e9 ser libertado, pesando pouco mais de 30 quilos, pelos aliados, em 1945. Depois de passar por cinco campos de concentra\u00e7\u00e3o e perder os seus pais logo no in\u00edcio da guerra.<\/p>\n Por meio de imagens e sons, na exposi\u00e7\u00e3o A Trag\u00e9dia do Holocausto<\/em> \u2014 A Vida de Julio Gartner<\/em>, que vai at\u00e9 o dia 21 de abril, o visitante experimenta um pouco do gosto amargo daquela trag\u00e9dia. Logo de in\u00edcio, ele depara com muros e cercas de arame farpado do gueto onde Gartner, nascido em 1924, morava com sua fam\u00edlia.\u00a0<\/p>\n Nas paredes, textos enquadrados explicam as passagens hist\u00f3ricas, seguidos de fotos de corpos, de ruas cheias de judeus em busca de sobreviv\u00eancia, de guardas nazistas sorrindo enquanto os prendiam e os torturavam. Ent\u00e3o o som de estilha\u00e7os, de gritos de crian\u00e7as horrorizadas, de latas de ferro jogadas no ch\u00e3o tomam conta do ambiente.\u00a0<\/p>\n Leia mais: \u201cImprensa internacional repercute fala de Lula sobre o Holocausto\u201d<\/strong><\/p>\n Os transportes de judeus para os campos de concentra\u00e7\u00e3o, criados pelo governo nazista como instrumento para exterm\u00ednio de toda a popula\u00e7\u00e3o judaica, tamb\u00e9m s\u00e3o retratados com impacto. <\/p>\n H\u00e1 at\u00e9 a possibilidade de entrar em um vag\u00e3o simulado, repleto de roupas em cabides, para sentir um pouco da sensa\u00e7\u00e3o de sufocamento.\u00a0<\/p>\n Espremidos em vag\u00f5es de gado, eles eram levados aos campos, em viagens que duravam um dia ou at\u00e9 duas semanas, quase sem comida e sem lugar para fazerem suas necessidades. No inverno, muitos morriam de frio. E, no ver\u00e3o, de calor.<\/p>\n Nos locais, feitos para receber 40 pessoas, mais de cem pessoas se amontoavam, quase sem poder respirar. Isso sem contar o desespero que sentiam diante da imin\u00eancia do fim e a agonia em se verem, muitas vezes, separados dos parentes.<\/p>\n As c\u00e2maras de g\u00e1s tamb\u00e9m s\u00e3o reproduzidas, com toda a hist\u00f3ria da busca nazista em, por meio de um g\u00e1s \u201ceficiente\u201d, o Zyklon B, matar um maior n\u00famero de judeus em um tempo mais reduzido.\u00a0<\/p>\n Leia mais: \u201cLula \u2018banaliza Holocausto\u2019, lamenta Instituto Brasil-Israel\u201d<\/strong><\/p>\n As v\u00edtimas iam para os locais em fila, desnudas, famintas, tr\u00eamulas por desconfiarem de que a hist\u00f3ria que os guardas lhes contavam, de que iam apenas tomar um banho, n\u00e3o passava de mais uma mentira dessa m\u00e1quina forjada para matar.<\/p>\nA trajet\u00f3ria de Julio Gartner<\/h2>\n