Nesta
quinta-feira, 15 de maio, Capinzal será novamente cenário de uma mobilização
que clama por respeito, cuidado e proteção às novas gerações. O município promove
mais uma edição da caminhada da Campanha “Faça Bonito”, voltada ao
enfrentamento do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.
A
iniciativa é desenvolve pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CMDCA), em parceria com o CREAS, o Conselho Tutelar e a rede
intersetorial de proteção. A
concentração acontece a partir das 8h30min, na Praça Pedro Lélis da Rocha, com
início da caminhada às 9h. O percurso seguirá pelas ruas centrais de Capinzal,
levando à população uma mensagem clara: proteger a infância é dever de todos.
A
participação da comunidade é fundamental. Mais do que um ato simbólico, a
caminhada representa o compromisso coletivo de romper o silêncio, denunciar a
violência e garantir um futuro mais seguro e digno para crianças e
adolescentes.
Garantir
que crianças e adolescentes saibam que não estão sozinhos é um dos principais
objetivos da campanha. É fundamental que eles tenham acesso a informações
claras sobre seus direitos e conheçam os canais de denúncia, como o Disque 100,
que funciona de forma gratuita, anônima e 24 horas por dia, além do CREAS. Nas escolas, nas
unidades de saúde, nos serviços sociais e em casa, é preciso criar espaços
seguros de escuta e acolhimento, onde a confiança e o respeito sejam
prioridades. Proteger é agir, ouvir e garantir que toda criança tenha voz e
seja levada a sério.
A
ação integra as atividades do 18 de Maio, data que marca o Dia Nacional de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Além disto, a iniciativa compõe o movimento “Maio Laranja”, em alusão ao combate das referidas prática durante os trinta e um dias do mês.
O
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes, lembrado em 18 de maio, foi instituído oficialmente no Brasil
pela Lei Federal nº 9.970, de 17 de maio de 2000.
A
data faz referência a um caso que chocou o país: o assassinato da menina
Araceli Crespo, de apenas 8 anos, ocorrido em 18 de maio de 1973, na cidade de
Vitória, no Espírito Santo. Araceli foi sequestrada, submetida à violência
sexual sob efeito de substâncias químicas, e brutalmente assassinada. O crime
teve forte repercussão nacional, mas, apesar da gravidade, permaneceu impune —
os principais acusados, pertencentes a famílias influentes, foram absolvidos.
