Caçada a detentos que fugiram de penitenciária entra no 7º dia

Nesta terça-feira (20/2), a caçada aos detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, entra no 7º dia. Ao todo, 600 policiais estão engajados nas buscas a Rogério da Silva Mendonça e Deibson “Tatu” Cabral Nascimento, que fugiram da unidade prisional na última quarta-feira (14/2).

As buscas se concentram em um raio de poucos quilômetros da penitenciária. Nessa segunda (19/2), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou o emprego da Força Nacional, após pedido do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. A força-tarefa terá, assim, o reforço de 100 homens e 20 viaturas dessa força especial.

A delegada de polícia Raquel Gallinati, que é diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, explica medidas como o emprego de agentes, drones e cães farejadores são adequadas para esse tipo de ação. Ainda assim, segundo ela, conforme passam os dias, a busca se torna mais difícil.

“O tempo dificulta a recaptura do preso. As primeiras 24 horas são fundamentais para monitorar a área que é próxima do presídio e coletar evidências concretas da passagem por determinadas rotas. À medida que o tempo vai passando, a situação só se agrava, já que, teoricamente, a zona de fuga tem o perímetro aumentado”, afirma a especialista.

A força-tarefa — formada por quadros da Polícia Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar — busca sinais dos detentos em um terreno formado por matas, zonas rurais e com grutas. Até o momento, as pistas são poucas, como pegadas, roupas e restos de alimentos deixados pelo caminho.

A força-tarefa descobriu que, na última sexta (16/2), a dupla teria feito uma família refém, enquanto, no dia anterior, teria invadido uma casa e roubado mantimentos. Diante desses elementos, a caçada tem se concentrado em um raio próximo à unidade prisional, de cerca de 15 km.

Novidades nas penitenciárias

Pouco depois de constatada a fuga, Lewandowski determinou o afastamento da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró e nomeou o policial penal federal Carlos Luis Vieira Pires como interventor. Além disso, determinou o início das investigações no âmbito administrativo e criminal.

O chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda anunciou novidades para o Sistema Penitenciário Federal, de forma a prevenir novas fugas. As mudanças incluem a modernização do monitoramento e o aumento do controle de acesso, por meio da implementação de tecnologia de reconhecimento facial nos cinco presídios federais.

Lewandowski anunciou a ampliação dos sistemas de alarmes e sensores de presença nas cinco unidades, bem como a construção de muralhas em todas as unidades, como ocorre em Brasília.

Fuga improvisada

Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho” ou “Tatu”, e Rogério da Silva Mendonça escaparam da prisão de segurança máxima por volta das 3h30 de quarta-feira (14/2). Os criminosos, que são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), fugiram por um buraco na parede de uma das celas.

Os detentos utilizaram ferramentas da obra que ocorria na unidade prisional para fugir. As câmeras do local não capturaram o momento porque não estavam funcionando.

A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009 e fica em uma área rural no Rio Grande do Norte. Atualmente, há cinco unidades desse modelo no Brasil, elas estão localizadas em Brasília (DF), Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR).

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Por Metrópoles

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