Excesso de vinho mas menor consumo leva a ações extremas

O mundo enfrenta uma crise incomum: um excesso de vinho, menor consumo e mudança de comportamento e gostos que estão levando fazendeiros a destruírem plantações inteiras.

Apesar da menor produção de vinho em seis décadas no ano passado, a demanda global não acompanha, resultando em uma montanha de estoques indesejados. Esta situação não apenas pressiona os produtores a mudarem radicalmente sua produção, mas também os obriga a considerar a destruição das próprias colheitas.

Declínio na demanda global e mudança de preferências

A demanda por vinho está em queda, especialmente entre os mais jovens, como a “Geração Z”, que consome menos este tipo de álcool do que gerações anteriores. Além disso, o vinho tinto tradicional está perdendo terreno para variedades como branco e rosé. Essa mudança de preferências tem impactado diretamente a indústria vinícola, deixando uma sobreoferta que os produtores lutam para resolver. Há já quem prefira produzir pouco mas ter produto de alta qualidade e clientela mais segura do que produzir muito e ver os produtos sobrarem nas prateleiras.

Pressões econômicas e políticas

A inflação tem aumentado os custos de produção do vinho, enquanto os preços de venda não acompanham esse aumento. Na França, o maior produtor mundial de vinho, o governo ofereceu incentivos financeiros significativos para os fazendeiros mudarem para a produção de etanol, em uma tentativa de aliviar o excesso de oferta. No entanto, mesmo com esses esforços, o problema persiste, destacando a complexidade dessa crise.

Consequências

O excesso de vinho tem levado alguns produtores a tomar medidas extremas, como destruir suas próprias colheitas. Para muitos, a alternativa de manter os produtos estocados por tempo indeterminado não é viável economicamente. Isso não apenas resulta em perdas financeiras significativas para os produtores, mas também levanta preocupações sobre o desperdício de recursos e alimentos. Além das implicações econômicas, a crise do excesso de vinho também tem consequências ambientais e sociais. A destruição de plantações pode levar a um desperdício de recursos naturais e contribuir para problemas como a erosão do solo e a poluição. Além disso, a pressão sobre os fazendeiros afeta as comunidades rurais, que dependem da agricultura para subsistência e emprego.


#agoranovale

The post Excesso de vinho mas menor consumo leva a ações extremas appeared first on Agora No Vale.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.