Homem condenado à morte por assassinar mulher é executado nos EUA com injeção letal


Marcellus Williams assassinou mulher em 1998, no estado do Missouri. Família da vítima pediu para que Justiça poupasse a vida do condenado. Sala de execução da pena de morte no Alabama
AP Photo/Dave Martin, File
Um homem condenado à morte por ter matado uma mulher a facadas foi executado com uma injeção letal, nos Estados Unidos, na noite desta terça-feira (24). Marcellus Williams recebeu uma injeção letal, segundo as autoridades.
Williams assassinou uma mulher em 1998 no subúrbio de St. Louis, em University City, no Missouri. A Suprema Corte dos EUA negou um recurso de última hora apresentado pela defesa do condenado.
Os representantes de Williams queriam a suspensão de sua execução por supostos erros processuais. Além disso, a família da vítima também havia pedido para que as autoridades poupassem a vida do condenado.
Marcellus Williams foi o segundo de cinco prisioneiros nos EUA que devem ser executados no intervalo de uma semana. O número é anormal e desafia uma tendência de anos de declínio, tanto no uso quanto no apoio à pena de morte.
Cinco penas de morte em uma semana
A primeira execução foi realizada na sexta-feira (20) na Carolina do Sul.
Se as outras quatro programadas para esta semana ocorrerem, os Estados Unidos atingirão 1.600 execuções desde que a pena de morte foi restabelecida pela Suprema Corte dos EUA em 1976, afirma Robin Maher, diretor executivo do centro.
“Dois em um único dia é incomum, e quatro em dois dias na mesma semana também é muito incomum”, disse Maher.
Como foi possível definir 5 execuções em um período de 1 semana?
Especialistas dizem que cinco execuções programadas para uma semana são simplesmente uma anomalia que resultou de tribunais ou autoridades eleitas em estados individuais definindo datas quase na mesma época depois que os presos esgotaram seus recursos.
“Não tenho conhecimento de nenhuma outra razão além de coincidência”, diz Eric Berger, professor de direito na Universidade de Nebraska.
Segundo Berger, que é especialista em pena de morte e injeção letal, alguns fatores podem resultar em um acúmulo de execuções, como a incapacidade de um estado de obter as drogas letais necessárias para realizá-las, o que aconteceu na Carolina do Sul, ou uma moratória resultante de execuções malfeitas, como o que aconteceu em Oklahoma.
Carolina do Sul
A primeira das cinco execuções ocorreu na sexta-feira, quando a Carolina do Sul condenou à morte o preso Freddie Owens pelo assassinato de um balconista de loja de conveniência em 1997 durante um assalto.
Foi a primeira execução da Carolina do Sul em 13 anos, um atraso não intencional causado pela incapacidade dos agentes penitenciários estaduais de obter as drogas necessárias para injeções letais.
Para realizar as execuções, o estado mudou de um método de três drogas para um novo protocolo de uso de um único sedativo, o pentobarbital.
Alabama
O Alabama está se preparando para realizar a execução, usando gás nitrogênio, na quinta-feira (26), depois de se tornar o primeiro estado a usar o novo procedimento em janeiro.
Alan Miller deve morrer pelo processo em que uma máscara é colocada sobre a cabeça do preso, forçando-o a inalar nitrogênio puro.
Miller, que recebeu um adiamento em 2022 depois que sua execução foi cancelada quando as autoridades não conseguiram conectar uma linha intravenosa, foi sentenciado à morte após ser condenado por matar três homens durante tiroteios consecutivos no local de trabalho em 1999.
Travis Mullis, condenado à pena de morte no Texas, nos Estados Unidos
Texas Department of Criminal Justice via AP
Texas
Nesta terça-feira (24), no Texas, está programada a execução de Travis Mullis , um homem com um longo histórico de doença mental que repetidamente tentou renunciar ao seu direito de apelar de sua sentença de morte.
Mullis foi condenado à morte por matar seu filho de 3 meses em janeiro de 2008. Os advogados de Mullis não planejaram entrar com nenhuma apelação para tentar suspender sua injeção letal.
Oklahoma
Em Oklahoma, Emmanuel Littlejohn deve receber uma injeção letal na quinta-feira, após ser sentenciado à morte por seu papel na morte a tiros de um dono de loja de conveniência em 1992 durante um assalto.
Littlejohn admitiu seu papel no assalto, mas alega que não disparou o tiro fatal. O Pardon and Parole Board do estado votou por 3-2 no mês passado para recomendar ao governador Kevin Stitt que poupasse a vida de Littlejohn, mas o governador ainda não tomou uma decisão de clemência.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.