Indígena morre após acordar com dores e sangramento no Paraná; polícia investiga suspeita de violência sexual


De acordo com delegado, jovem precisou de atendimento médico após acordar com lesões e sangramento. Um dia antes, ela participou de confraternização. Morte foi em hospital de Guarapuava. Delegacia da Polícia Civil em Laranjeiras do Sul, no Paraná; jovem recebeu atendimento em hospital da cidade antes ser enviada para Guarapuava
Eduardo Andrade/RPC
A Polícia Civil (PC-PR) está investigando a morte de uma jovem indígena de 22 anos que estava em Nova Laranjeiras, na região central do Paraná. De acordo com o delegado Marcelo Trevizan, as investigações apontam que ela foi vítima de violência sexual.
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A morte foi em um hospital de Guarapuava, onde a jovem recebia atendimento médico. A polícia ainda apura a data exata da morte, que conforme o delegado, foi entre domingo (22) e segunda-feira (23). Para esta confirmação, Trevizan diz que aguarda laudos que complementarão a investigação.
De acordo com o delegado Trevizan, a polícia acredita que a jovem tenha sido vítima do crime em uma confraternização em Nova Laranjeiras que começou na noite de sábado (21) e se estendeu na madrugada de domingo. Na ocasião, ela estava com o marido, um casal e outros cinco homens em um local onde grupos de indígenas costumam se reunir, também de acordo com o delegado.
Na manhã de domingo, a jovem acordou passando mal. Equipes de socorro foram acionadas e ela foi levada para um hospital da cidade vizinha, Laranjeiras do Sul, onde foram observadas lesões, além dos sinais de violência sexual. Por conta disso, a Polícia Militar (PM-PR) foi acionada.
“A vítima apresentava sinais de agressão física, incluindo ferimentos e hematomas pelo corpo, além de sintomas de confusão mental”, relatou a PM.
Devido à gravidade dos ferimentos, a jovem foi transferida para um hospital de Guarapuava, onde morreu horas depois. A causa da morte não foi revelada.
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Investigação continua
Viatura da Polícia Civil do Paraná DHPP
Giuliano Gomes/PR Press
Na manhã desta terça-feira (24), o delegado afirmou que ainda não recebeu a cópia dos prontuários médicos do atendimento hospitalar, nem o laudo de exame de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML), por isso, ainda não consegue possível informar a causa da morte e a relação dela com o estupro.
Para o delegado, entretanto, “não há dúvidas de que houve um crime sexual”.
“Não há, até o momento, nenhuma informação de que a vítima tenha revelado o que ocorreu com ela aos profissionais da saúde que realizaram o seu atendimento, embora as diligências ainda estejam em andamento, podendo alterar esse panorama. Pode-se dizer, tão somente, que até o momento as evidências apontam no sentido de que o crime foi cometido por uma pessoa, que já foi interrogada e que negou a autoria”, disse.
O nome do suspeito não foi revelado. O g1 entrou em contato com o Ministério dos Povos Indígenas e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas sobre o caso e aguarda resposta.
O delegado afirma que as diligências da investigação continuam, assim como a apuração quanto a possibilidade de mais de uma pessoa ter envolvimento com o estupro e a morte da indígena.
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