Transporte de resíduos sólidos urbanos desafia redução do custo operacional


A Termoclave atende de forma regionalizada 39 municípios em SE. Essa disposição no território provoca economia dos custos da operação. Serviço de Coleta de Resíduos Sólidos em Aracaju/Se.
Arquivo pessoal – Termoclave.
O transporte de resíduos sólidos urbanos é uma das etapas principais do processo de limpeza urbana. Reduzir o custo dessa operação é reduzir tempo e permitir que sejam feitos investimentos em outras áreas. Sergipe tem hoje três aterros sanitários da Termoclave em operação e mais um em fase de licenciamento, que atendem 39 municípios de forma regionalizada.
Segundo o gerente de negócios da Termoclave, José Carlos Dias da Silva, quanto mais aterros, menor o custo do transporte e mais benefícios para os municípios.
“No agreste temos uma Central de Tratamento e valorização de Resíduos localizada no Município de Itabaiana, na região sul e sudeste temos outra implantada no Município de Santa Luzia do Itanhy, para a região metropolitana e demais cidades do entorno temos uma instalada em Itaporanga D’Ajuda e outra sendo licenciada em Japaratuba.
O gerente de negócios lembrou também que dados da Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), mostram que se a geração de resíduos sólidos urbanos era de 348,3 kg por habitante no ano de 2010, em 2019 já havia passado para o patamar de 379,2 kg por habitantes; ao passo que o mesmo documento, em sua versão de 2021, indicava o salto para 390 kg por habitante ao ano. Segundo ele, isso indica que a produção de resíduos vem apresentando um crescimento gradual, o que exige dos municípios ainda mais rigor no cumprimento do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, sem esquecer das estratégias que podem provocar a redução dos custos.
“O serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos provoca efeitos externos que podem gerar impactos positivos ou negativos na operação de transporte. Estes efeitos externos podem ser quantificados e inseridos na equação final dos custos de transporte. Os impactos que podem ser quantificados e inseridos na equação final dos custos de transporte, segundo Oliveira e Reis (2002), são os seguintes: redução no consumo de matéria prima virgem, redução no consumo de água e energia, redução na emissão de gases, geração de empregos e valor das áreas utilizadas para local de destino final dos resíduos”, falou.
Ele ainda destacou que a análise da roteirização e otimização dos sistemas de transporte dos resíduos sólidos urbanos é uma maneira de reduzir os custos do processo, que frequentemente é deficitário e de subsistência.
“Aliado a isto está o custo com a disposição final nas centrais de tratamento de resíduos. É de suma importância que existam locais licenciados ambientalmente para o recebimento dos resíduos sólidos próximos aos municípios para não haver a necessidade de percorrer longas distâncias ou, até mesmo, aumento da frota de coleta”, finalizou.
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