Prefeitura de Várzea Grande nomeia auditor como novo interventor do DAE após operação contra fraude


Informação foi divulgada após a Justiça de Mato Grosso conceder habeas corpus ao vereador Pablo Pereira (UB), que foi preso e afastado do cargo suspeito de integrar uma organização criminosa instalada na diretoria do DAE. DAE em Várzea Grande (MT)
DAE-VG
O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), nomeou o Auditor Municipal de Controle Interno, Juliano Marçal Rosa Jr. como interventor na Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG), após a Justiça de Mato Grosso conceder habeas corpus ao vereador Pablo Pereira (UB), que foi preso e afastado do cargo suspeito de integrar uma organização criminosa instalada na diretoria do DAE. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23), em um decreto publicado no Jornal Oficial Eletrônico dos Municípios do Estado de Mato Grosso.
O vereador Pablo foi preso na última sexta-feira (20), em uma operação da Polícia Civil que cumpriu 123 mandados contra a organização criminosa investigada por fraude e corrupção. Segundo a polícia, além do parlamentar, a operação resultou na prisão de outros 11 integrantes do grupo, sendo que nove deles eram servidores do DAE.
Vereador Pablo Pereira (UB) preso por cobrar propina para fornecer água encanada a moradores de Várzea Grande é solto.
Reprodução
O decreto nomeou Juliano Marçal Rosa Jr. como interventor até o dia 31 de dezembro de 2024. Juliano, que atua como Auditor Municipal de Controle Interno, é servidor de carreira desde 2012. A medida visa garantir a continuidade dos serviços públicos no setor de água e esgoto da cidade, em conformidade com as determinações judiciais.
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O Decreto Municipal entrou em vigor nesta segunda e tem como objetivo assegurar a transparência e a eficiência na gestão do DAE. O ato foi assinado pelo prefeito Kalil Baracat e pelo diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto, Carlos Alberto Simões de Arruda, no Paço Municipal Couto Magalhães.
A operação
A polícia informou que a operação identificou diversas situações em que foi dificultado o acesso dos moradores à ligação de água, com problemas artificialmente criados, além da cobrança de propina para realizar serviços aos moradores que era de obrigação do Departamento, como a ligação para água encanada.
Ainda de acordo com as investigações, os crimes eram de conhecimento do chefe do setor, que é apontado como um dos líderes da organização criminosa, junto com o vereador. O esquema, segundo a polícia, gerou um prejuízo de mais de R$ 11 milhões ao município, desde 2019.
Corrupção política
As investigações também revelaram o aparelhamento da Diretoria Comercial do DAE para exploração política pelo vereador, demonstrando a atuação ordenada de diversos servidores em favor da campanha à reeleição, com uso da estrutura pública da instituição.
O vereador tinha como principal função exercer pressão política com a finalidade de fazer valer os objetivos do grupo.
Em nota, o advogado do diretor comercial do do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), Alessandro Macaúbas Leite de Campos, afirmou que está colaborando com as autoridades.
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