Incêndios continuam devastando plantações e atingindo animais no Sul do Maranhão


Nesse fim de semana, o Maranhão enfrentou um aumento alarmante nos incêndios florestais, especialmente nas cidades de Riachão, Alto Parnaíba e Tasso Fragoso. Incêndios florestais são registrados em Riachão e Alto Parnaíba, no MA
Nesse fim de semana, o Maranhão enfrentou um aumento alarmante nos incêndios florestais, especialmente nas cidades de Riachão e Alto Parnaíba, no Sul do estado. O Corpo de Bombeiros e o Centro Tático Aéreo (CTA), intensificou os esforços para combater as chamas que devastaram áreas do cerrado e plantações da agricultura familiar.
Em Riachão, as chamas consumiram vastas extensões de vegetação, destruindo plantações essenciais como capim, utilizado na alimentação do gado, além de bananeiras e culturas de cana-de-açúcar e macaxeira. Desde o início do ano, cerca de treze mil hectares já foram devastados na região, conforme dados do Corpo de Bombeiros. A suspeita é que a origem dos incêndios esteja ligada a ações humanas.
No domingo (22), um incêndio em Alto Parnaíba começou nas proximidades de um prédio e exigiu a mobilização do helicóptero do CTA para lançar água sobre as chamas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Maranhão ocupa a sexta posição no ranking nacional de focos de calor, com mais de onze mil registros até o momento. Em resposta à situação crítica, o Corpo de Bombeiros anunciou o envio de nove novas viaturas equipadas com kits para o combate a queimadas na região sul do estado.
A devastação não se limita apenas às plantações; animais também foram vítimas das chamas. O repórter José Carlos mostra, na reportagem da TV Mirante, espécies como a mucura e a aratinga, conhecida como jandaia-amarela, que enfrentaram dificuldades para escapar do fogo que consumiu aproximadamente doze mil hectares nos municípios afetados.
A aratinga, conhecida como jandaia-amarela, foi resgatada pela equipe de reportagem, que entregou para uma equipe do Corpo de Bombeiros, para os procedimentos legais.
Queimadas avançam no cerrado maranhense
Reprodução/ TV Mirante
Os fortes ventos e a baixa umidade também têm contribuído para a rápida propagação dos incêndios, que são mais frequentes no sul do Maranhão durante essa época do ano. Um decreto governamental proíbe queimadas até dezembro, visando evitar que a situação se agrave ainda mais durante o período de estiagem.
Um dos incêndios mais significativos ocorreu às margens da BR-313 em Tasso Fragoso, onde vegetação foi consumida rapidamente após atingir pneus velhos em uma borracharia, gerando uma densa nuvem de fumaça preta.
Para os moradores espera pela chegada das chuvas como uma medida vital para conter os incêndios e restaurar os ecossistemas devastados. A situação é preocupante e demanda atenção urgente das autoridades para prevenir novos desastres ambientais no estado.
Queimadas avançam no cerrado maranhense
“Eu não tenho nem palavras, porque o prejuízo é grande. Temos que esperar em Deus para mandar chuva e acabar com essa queimada”, disse o morador Darci José.
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