Bancada da bala ataca projeto de Gleisi para acabar com CACs; Justiça vê pouca chance de avanço

Parlamentares de oposição ao governo federal criticaram o projeto de lei apresentado pela presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que busca fechar o cerco ao registro de armas.

Nesta segunda-feira (12), Gleisi protocolou a proposta que prevê a proibição “de instalação e funcionamento de entidades de tiro que não congreguem atiradores de nível desportivo olímpico e cancelam todos os registros de colecionadores, atiradores que não sejam de nível olímpico e caçadores (CACs)”.

A informação foi antecipada pela CNN durante entrevista da deputada ao programa CNN Entrevistas.

“É mais um devaneio do PT. Os CACs foram criados por lei federal e eu duvido que ela tenha voto para acabar com essa categoria. Estaremos atentos e, obviamente, vamos contra-atacar”, reagiu o deputado Alberto Fraga (PL-DF).

Para o deputado Sargento Portugal (Podemos-RJ) , “é inadmissível que se tente eliminar os CACs e os clubes de tiro no Brasil (…) que geram milhões de reais em impostos além de milhares de empregos no Brasil.” E admite ser necessário “buscar soluções que promovam a segurança pública sem cercear os direitos individuais”.

O respeito às liberdades individuais é argumento apresentado pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE).

“É preocupante ver propostas que visam restringir os direitos dos cidadãos de forma tão drástica. Devemos buscar políticas que promovam a segurança sem desrespeitar as liberdades individuais garantidas pela Constituição.”

Ministério da Justiça pondera

Até dentro do governo a avaliação é de que o PL apresentado por Gleisi terá dificuldades para prosperar.

Fontes do Ministério da Justiça e Segurança Pública ouvidas pela CNN afirmam que restringir o acesso de quem está legalizado não seria o melhor caminho. O ideal seria desarmar o tráfico.

A confecção do projeto apresentado pelo presidente do PT ganhou força após a divulgação de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

O documento aponta que ao menos 8% das armas apreendidas em atividades criminosas no estado de São Paulo pertenciam a CACs.

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Fonte : CNN BRASIL

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