Luciano Cartaxo diz que não vê problema em possível aliança entre PT e Cícero Lucena, em João Pessoa

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A possibilidade de aliança com o prefeito Cícero Lucena foi rechaçada pela direção nacional do PT, e o deputado estadual Luciano Cartaxo afirmou que está esperando que seja consolidada a candidatura própria do PT. “Se a nacional optar pela aliança com Cícero, não teria problema”, afirmou, no programa Arapuan Verdade desta terça-feira (12), como acompanhou o ClickPB. 

Sobre a possibilidade de apoiar a candidatura do PT em João Pessoa, Luciano Cartaxo disse que ainda não vai falar sobre o assunto. “Está cedo para isso. Precisa consolidar, precisa referendar, ter realmente a candidatura registrada do PT. O cenário de João Pessoa está mudando a todo instante. Eu tenho que esperar o cenário ser finalizado, aguardar o retrato da disputa eleitoral para fazer essa avaliação com tranquilidade, com serenidade. Enquanto tiver prazo e indefinição dentro do partido, eu vou aguardar”. 

Ele ressaltou ainda que não tem possibilidade de desfiliação do PT e que vai continuar seu mandato como deputado estadual. O deputado também não confirmou se Maísa Cartaxo será candidata. “Vamos pensar com calma agora, pensar nos nomes”. E ressaltou que não vai ficar fora do processo eleitoral, embora não seja candidato. 

Expectativa frustrada

“Eu entendo que esse era o momento do PT entrar com uma candidatura com uma perspectiva de mobilizar o partido, mobilizar a cidade”. A afirmação foi feita pelo deputado Luciano Cartaxo – que desistiu de ser candidato à Prefeitura de João Pessoa pelo PT -, durante o programa Arapuan Verdade desta terça-feira (12), ao ser questionado se acreditava na possibilidade de ganhar nas prévias ou achava que era jogo de cartas marcadas.

“Desde o ano passado tenho pautado esse debate na Assembleia, em João Pessoa, internamente no PT, sobre a importância do PT ter uma candidatura própria à Prefeitura de João Pessoa”. A ideia, conforme o deputado, seria construir isso através do diálogo para poder participar do processo de forma que a gente houvesse perspectiva de vencer as eleições, o que não aconteceu nas últimas duas disputas em João Pessoa pelo PT.

“O meu objetivo foi exatamente esse, fazer essa construção. Conversei muito dentro do partido com todas as forças políticas dentro do PT, participei do processo eleitoral para o diretório municipal. Nossa chapa foi a mais votada. De seis chapas que disputaram, tivemos quase 40% dos votos, uma votação muito expressiva”, afirmou.

Ele disse que houve conversa com todas as tendências do PT, inclusive com Cida Ramos com quem se encontrou diversas vezes. “Conversei com a deputada Cida Ramos e não uma, nem duas, nem três vezes. Procurei a deputada para conversar, estabelecer critérios, vamos definir como fazer para definir uma candidatura, colocar o PT na vitrine novamente, colocar o PT na perspectiva de vencer as eleições em João Pessoa, que a gente possa ter um prazo para definir tudo isso”, afirmou. 

Porém, segundo ele, não houve, em nenhum momento, a disposição de chegar a um consenso em relação aos critérios. “Eu nunca disse que a pesquisa era o único critério, mas você não pode abdicar de fazer uma pesquisa. A pesquisa é uma consulta ao eleitorado, é uma conversa sobre o que o povo está pensando. Para tudo hoje se faz pesquisa. Hoje ninguém dá um passo sem fazer uma leitura de viabilidade dos pré-candidatos, de ouvir a cidade, o partido, ver onde estão os problemas que precisamos corrigir, qual o discurso que será levado adiante. Tudo isso os partidos fazem no Brasil inteiro”. 

Cartaxo destacou ainda que, quando começou a colocar essa perspectiva da viabilidade, das perspectivas de vitória, foi visto como um problema. “De forma muito humilde, serena, conversei com todo mundo. Agora, a partir do momento em que o debate interno partiu para acusações, para desqualificar as pessoas, partiu para um confronto de quem é mais ou menos PT, isso tornou inviável a minha participação na prévia do partido. Eu não vou participar de um duelo. Eu não vou para uma guerra. Se tivesse que ter guerra, seria fora”. 

Construindo um partido forte

“Estamos vivenciando um momento em que o PT só tem um prefeito na Paraíba, em Picuí. Então, acho que temos que dar as mãos, temos que somar, temos que superar divergências e ver como se constrói um partido mais forte, que tenha mais representatividade”, disse Luciano Cartaxo. 

O deputado relatou que o partido está há um ano e três meses nesse debate interno e ainda não tem programa de governo porque está priorizando a coisa da política. 

Sobre sua desistência, ele foi enfático: “Essa foi uma decisão pessoal, amadurecida. Tivemos reunião com a direção nacional do PT, mas não houve espaço de construção. Se marcou uma prévia. A escolha do candidato será entre março e abril. Vai se fazer uma campanha muito próxima do processo eleitoral”, constatou. 

Ele destacou que está em segundo lugar em todas as pesquisas internas do PSB. “Qual é o pecado de você estar bem posicionado nas pesquisas?”, questionou. 

Sobre comparação com Cícero Lucena, ele disse que eleição é comparação e que ambos fariam um debate de alto nível. Ressaltou também que uma candidatura sua não iria repetir tudo que fez. Iria trazer coisas novas. 

Luciano Cartaxo ressaltou que não tem expectativa de ser candidato. Ele disse que, na reunião da semana passada, existia uma expectativa, um debate de que se poderia estabelecer regras para o processo eleitoral.

“Trabalhei para uma candidatura consensual. Eu tomei a minha decisão: se eu não participo da prévia e a prévia é pré-requisito para ser pré-candidato do PT, então, não vou gerar expectativa com relação a isso. A prévia é um pré-requisito para a disputa. Então, tendo pré-requisito da disputa como está lá, como a direção nacional colocou claramente, é o que vai valer. Minha compreensão é essa”. 

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ClickPB

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