Ações da Vale derretem no governo Lula

Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o terceiro mandato na Presidência da República, a mineradora Vale do Rio Doce valia quase R$ 370 bilhões. Na última sexta-feira 8, o valor de mercado da empresa passou para pouco menos de R$ 300 bilhões.

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A cotação das ações da Vale encerraram em 2022 em R$ 88,88. No fechamento da B3, na sexta-feira, o valor ficou em R$ 65,90. Assim, houve a queda de cerca de 25% nesse intervalo.

Apesar de não ser uma estatal, a mineradora tem como seu maior sócio a Previ, com 8,7% das cotas. Trata-se do fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil.

Metade do conselho da Previ é escolhida pelo Banco do Brasil, uma estatal. Isso garante ao governo influência no fundo e na própria Vale.

Governo na Vale

Da queda do valor, quase R$ 50 bilhões se perderam nesse ano. Essa derrocada ocorreu em meio ao processo de troca da direção da companhia, que contou com uma tentativa — até o momento — fracassada do governo Lula de emplacar o ex-ministro Guido Mantega na presidência da Vale. Na sexta-feira, o conselho da companhia decidiu estender contrato de Eduardo Bartolomeo como CEO da companhia até dezembro de 2024 — anteriormente, o executivo ficaria no posto até maio.

No currículo de Mantega, está a condução do Ministério da Fazenda entre 2006 e 2015. Ou seja: ele foi o titular da pasta nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, quando foram registrados escândalos de corrupção, descontrole dos gastos, instabilidade política e crise econômica.

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Além disso, Mantega ocupou o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras de 2014 a 2015. Trata-se de um período em que a estatal perdeu valor de mercado em meio ao maior escândalo de corrupção da história do Brasil: o Petrolão.
O ex-ministro chegou a ser preso preventivamente em 2016 em uma das fases da Operação Lava Jato.

Guido Mantega na chegada da prisão na sede da PF em São Paulo – 22/09/2016 | Foto: Fernando Bizerra/Agência Lusa

As investigações alcançaram Mantega depois do depoimento de Eike Batista, fundador da petroleira OGX, que passou a se chamar Dommo Energia em 2017 e saiu da B3 em janeiro de 2024. O empresário afirmou à Justiça que, enquanto ministro da fazenda e presidente do conselho da estatal, Mantega o procurou para solicitar um pagamento de R$ 5 milhões no interesse do PT.

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Fonte : Revista Oeste

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