Ajuste fiscal deve passar por corte em programas que não funcionam, diz Mansueto em estreia de podcast de Rubens Menin

O audacioso plano do governo de zerar o déficit fiscal em 2024 não pode passar apenas por ajustes do lado da receita, destaca o ex-chefe da Secretaria do Tesouro Nacional e um dos mais respeitados especialistas de finanças e contas públicas do país.

“O ajuste que o governo se propôs fazer em quatro anos na casa de R$ 300 bilhões não é fácil. Em algum momento vai ter que priorizar uma agenda de cortes em alguns programas que não funcionam para colocar o dinheiro em que programas que funcionem”, disse o economista-chefe do BTG Pactual na estreia no Spotify do podcast Brasil: uma oportunidade, do empresário Rubens Menin.

Apesar dos desafios fiscais que o Brasil tem pela frente. Mansueto diz que o país sustenta uma posição de destaque entre seus pares em desenvolvimento e ressalta a melhora na perspectiva do mercado sobre a trajetória da dívida.

“Hoje, mesmo sem acreditar no déficit zero, o mercado estima uma melhora substancial no resultado do setor público (que inclui governo federal, estados e municípios) no curto prazo, dos atuais cerca de R$ 230 bilhões a cerca de R$ 60 bilhões”, diz.

Na conversa com o primeiro convidado Mansueto Almeida, o episódio fala sobre a melhora do ambiente de negócios nas últimas décadas e das recentes reformas realizadas por diferentes governos. Também foram abordados os maiores desafios para o crescimento do país, como a dinâmica fiscal e a baixa produtividade da economia.

As próximas entrevistas confirmadas do podcast incluem Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, e a influencer de economia Olívia Carneiro, dona do perfil Olívia Sensata.

Fundador e presidente do conselho da MRV Engenharia, o empresário Rubens Menin também é controlador do Banco Inter, da Log Commercial Properties e da CNN Brasil.