Irani contabiliza ganhos sociais, ambientais e financeiros com atuação voltada à economia circular

Irani contabiliza ganhos sociais, ambientais e financeiros com atuação voltada à economia circular

Companhia reduziu em 51% o envio de
resíduos a aterros, somando 11,7 mil toneladas – de 24,18 mil em 2021 para
12,49 mil em 2023


Duas certificações concedidas entre 2023 e 2024 pelo Instituto Lixo Zero Brasil
(ILZB) à Irani, uma das principais indústrias de papel e embalagens
sustentáveis do Brasil, atestam os avanços na gestão de resíduos da companhia e
são referências de um modelo de negócio baseado na economia circular. A empresa
reduziu em 51% o envio de resíduos a aterros em três anos, de 24,18 mil em 2021
para 12,49 mil em 2023 – alcançando 11,7 mil toneladas que passaram a ter novos
usos.

 

A principal ação para chegar a esse resultado
foi o desenvolvimento de um projeto de lavação e enfardamento do rejeito de
plástico e recuperação da fibra de papel, a partir da mudança no layout da
Planta de Reciclagem de Plástico em 2023, o que possibilitou uma maior absorção
do plástico retirado no desagregador – equipamento que faz a separação do material
das aparas. Com isso, a Irani fortaleceu e ampliou a parceria com a empresa In
Brasil, aumentando a quantidade de rejeito plástico destinado ao processo de
reciclagem mecânica. Neste trabalho, foi registrada uma redução de
aproximadamente 70% no envio de resíduos para aterro na unidade de Campina de
Alegria, em Vargem Bonita (SC).


As quase 12 mil toneladas, que seriam depositadas nos aterros e gerariam
emissões de carbono, ganharam novos usos, sendo transformadas em matéria-prima e
convertidas em novos produtos, como madeira plástica. As reduções foram fruto
de um amplo trabalho realizado pelas unidades de Vargem Bonita (SC), que
alcançou 93,4% no Índice de Boas Práticas nível A; e de Indaiatuba (SP), a mais
recente certificada pelo Instituto Lixo Zero Brasil, com 98,1% no mesmo
indicador.

 

Para o ILZB, adotar uma gestão correta de
resíduos é uma meta ética, econômica e eficiente para estimular pessoas, e
também empresas, a mudarem suas práticas e valorizarem ciclos naturais
sustentáveis, nos quais os materiais descartados são projetados para se
tornarem recursos para novos usos, fortalecendo a economia circular.

 

Governo instituiu em julho, plano nacional
para a economia circular

O foco da Irani neste modelo de negócio se
alinha totalmente ao decreto federal que instituiu, em julho de 2024, à Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec). Nos
preceitos do Enec, a economia circular “se baseia na eliminação da poluição e
na redução da geração de rejeitos e resíduos, na manutenção do valor dos
materiais, regeneração do meio ambiente, redução da dependência do uso de
recursos naturais, fomentando a produção e o consumo sustentáveis, gerando o
aumento do ciclo de vida dos produtos e materiais e garantindo uma transição
justa e inclusiva”.

 

Além de serem ambientalmente e socialmente
mais sustentáveis, esses fundamentos também agregam ganhos financeiros ao
reduzir custos operacionais e com insumos. A redução no volume de resíduos
enviados a aterros, por exemplo, ao mesmo tempo que diminuiu a emissão de gases
de efeito estufa na atmosfera, postergou a necessidade de a Irani investir
aproximadamente R$ 3 milhões para a construção de um novo aterro em curto prazo.

 

“Ter no negócio fundamentos de economia
circular e de baixo carbono sustenta o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC)
em níveis diferenciados. Ao olharmos constantemente as possibilidades de se
ampliar a utilidade dos nossos resíduos, gerando riqueza e colaborando com o
meio ambiente, também eliminamos custos”, explica o diretor de Administração,
Finanças e de Relações com Investidores da Irani, Odivan Cargnin.


Retornos múltiplos e ações diversas no escopo da Irani

 

O foco na circularidade gera, ainda, empregos
e renda. Ao utilizar aparas de papel em sua produção, compondo mais de 70% do
insumo para a fabricação de papelão ondulado, a Irani fomenta outras empresas
que adquirem este produto oriundo da coleta feita por milhares de trabalhadores
e cooperativas. Estes resíduos de caixas de papelão, folhas, livros e jornais,
entre outros produtos, voltam ao mercado após serem processados e são novamente
transformados em embalagens – dando o máximo de utilidade ao papel, que pode
ser reciclado até sete vezes.

 

“Ao promover a logística reversa do papel, conseguimos,
apenas em 2023, retorno de 7.497 toneladas à indústria, utilizando um insumo
que ainda tem vida útil e reduzindo a necessidade de inúmeros processos”, diz Fabiano
Oliveira, diretor de Pessoas, Estratégia e Gestão da Irani.

 

A preocupação da Irani com a sustentabilidade
se une, ainda, à consolidação do e-commerce, que demanda cada vez mais embalagens
de papelão ondulado, que representa 80% das embalagens usadas no e-commerce,
produzidas com fibras renováveis e facilmente recicláveis. Além de não
produzirem gases nocivos durante o processo de reciclagem, as embalagens de
papelão são biodegradáveis e resultam em menor risco ambiental quando
descartadas. Movimento acompanhado pelo consumidor e pelo varejo, que tem
optado por ampliar o uso de sacolas de papel.

A economia circular na companhia

 

> O Mapa Estratégico da companhia para o
ciclo 2021-2030 formalizou o compromisso existente desde a fundação da Irani,
há mais de 80 anos, com a promoção da economia circular na cadeia de valor.  O objetivo é potencializar os projetos e ações
desenvolvidos ao longo dos anos no tema economia circular e otimizar a
eficiência operacional e ambiental das plantas nos próximos ciclos.

 

> Diferentes áreas da empresa estão em
constante avaliação dos processos industriais, capturando oportunidades de
redução de consumo de materiais e análise de alternativas para inserção dos
resíduos gerados em novas cadeias produtivas.

 

> Entre as ações principais está a Planta
de Reciclagem de Plástico, dentro da unidade de SC, que é resultado de 6 anos
de pesquisa, buscando uma alternativa para lidar com o resíduo plástico contido
no fardo das aparas utilizadas para fabricar papel reciclado. Foi desenvolvida
uma parceria para a definição e implantação de um processo produtivo e
equipamentos capazes de separar, picar, lavar, secar e prensar o resíduo
oriundo da desagregação de aparas de papel ondulado e as fibras de papel
oriundas de perdas do processo.

> Outra ação relevante foi conseguir dar
melhor destino às cinzas da caldeira HPB por meio de um sistema de lavagem de
gases na chaminé da caldeira para retenção úmida de partículas. A água com
material particulado é filtrada e gera dois resíduos (cinza grossa e cinza
fina). Assim, o resíduo
de cinzas finas
 passou a ser usado na agricultura e em
florestas para enriquecimento do solo.

 

> Além disso, a companhia também avançou
no processo de recuperação da soda cáustica, utilizada na produção de celulose
– a caustificação – etapa em que se incorpora cal virgem ao licor verde,
transformando-o em licor branco, que retorna ao processo como soda cáustica e
gera como resíduo o carbonato de cálcio como um corretivo de acidez do solo.

 

Sobre a Irani

 

 Fundada em 1941, a Irani Papel e Embalagem é
hoje uma das líderes do   setor de
embalagens sustentáveis no Brasil. Controlada desde 1994 pelo Grupo Habitasul,
tradicional grupo empresarial da região Sul do país, produz papéis para
embalagens, chapas e caixas de papelão ondulado, além de resinas naturais de
pinus, breu e terebintina, assegurando o fornecimento de produtos de
matéria-prima renovável com alta qualidade. Alinhada às boas práticas da
economia circular, tem produção integrada às florestas próprias e utiliza
energia autogerada. Conta com unidades produtivas localizadas em Vargem Bonita
(SC), Santa Luzia (MG), Indaiatuba (SP) e Balneário Pinhal (RS), além de
responder pela gestão de florestas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com
escritórios em Porto Alegre (RS) e Joaçaba (SC), tem em seus quadros mais de
2.300 colaboradores.

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