Menina de três anos “morre de tanto apanhar”, diz polícia. Mãe e padrasto são presos

Em um caso que chocou o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, uma menina de apenas três anos foi encontrada morta com marcas de violência. Identificada como Isabelle de Freitas, a criança teve seu corpo descoberto em uma mata na cidade de Indaial, na quarta-feira (6), após seus responsáveis, a mãe e o padrasto, serem presos. Segundo declarações do delegado Filipe Martins, encarregado das investigações, Isabelle “morreu de tanto apanhar”.

Inicialmente, a versão apresentada pelo casal à polícia foi de um suposto sequestro. Contudo, investigações posteriores revelaram contradições significativas em seus depoimentos. O uso de um motorista de aplicativo para simular o sequestro foi apenas uma das manobras para desviar a atenção das autoridades. “Eles utilizaram esse veículo para criar um cenário de possível sequestro da criança”, explica o delegado Martins.

A verdade veio à tona quando vizinhos relataram uma briga intensa na residência do casal na manhã do desaparecimento de Isabelle. A polícia encontrou evidências de sangue na casa, o que, após um novo interrogatório, levou à confissão do crime pelo casal.

De acordo com as autoridades, após a agressão que levou à morte de Isabelle, mãe e padrasto decidiram esconder o crime, utilizando uma mala para transportar e enterrar o corpo da menina nas proximidades da BR-470. O local exato do enterro foi descoberto com a ajuda do padrasto, que indicou à Polícia Civil onde o corpo estava enterrado.

O delegado Filipe Martins, que atua há quase uma década, confessou o impacto emocional causado pelo caso. “É um crime cruel, cometido por quem deveria cuidar e proteger”, lamentou. As investigações continuam, com a Polícia Científica realizando perícias e análises necroscópicas para desvendar a dinâmica dos fatos.

Imagens de câmeras de monitoramento que capturaram o momento em que o casal se desfez da mala foram essenciais para o avanço das investigações. Agora, os suspeitos estão detidos, aguardando as decisões judiciais subsequentes.

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