Oscar: os discursos mais memoráveis da história da premiação

Além de looks glamorosos e encontros de grandes artistas de Hollywood, o Oscar, principal premiação do universo do cinema, possui, historicamente, uma série de agradecimentos e discursos memoráveis.

Muitos artistas aproveitam o momento para fazer discursos políticos e focados em pluralidade. Outros, não conseguem segurar a emoção ao serem reconhecidos com o maior prêmio da área e agradecem familiares e amigos.

De manifestações políticas a falas emocionadas, a premiação já foi palco de muitos discursos memoráveis.

ACNN preparou uma lista com alguns discursos marcantes da premiação.

Confira os discursos mais memoráveis da história do Oscar

Em 1973, durante a 45ª edição da premiação, Marlon Brando ganhou seu segundo Oscar pelo papel de Vito Corleone no icônico “O Poderoso Chefão”. No entanto, ele se recusou a aceitar o prêmio.

Marlon Brando enviou a ativista Sacheen Littlefeather para discursar em seu lugar, o que foi um verdadeiro protesto na década de 1970. O discurso (que teve uma parte cortada e foi e lido à imprensa na íntegra depois da premiação) tinha o objetivo de lutar pela inclusão de indígenas norte-americanos em papéis de destaque na TV e cinema estadunidenses.

O discurso também representou um alarde a forma como os indígenas eram tratados pela indústria de Hollywood.

Quando Robin Williams ganhou o Oscar de “Melhor Ator Coadjuvante” por sua atuação em “Gênio Indomável”, o ator chegou a ficar sem palavras no palco do Oscar, o que tornou o “discurso” famoso por não ser exatamente realizado.

“Ah, cara! Esta pode ser a única vez que fico sem palavras”, disse Robin, antes de agradecer aos outros mencionados na categoria Ben Affleck e Matt Damon, provocando: “Obrigado, Ben e Matt”.

Seu discurso, perfeitamente cronometrado e repleto de emoção e senso de humor, terminou dizendo: “Quero agradecer ao meu pai, lá em cima, o homem que quando eu disse que queria ser ator, ele disse: ‘Maravilhoso, só ter uma profissão secundária como soldagem’, lembrou Williams. “Obrigado. Deus os abençoe.”

Em 2003, o documentarista Michael Moore levou a estatueta ao vencer a categoria “Melhor Documentário de Longa-Metragem” com a obra “Tiros em Columbine”.

Moore usou seu tempo no palco para criticar o governo, na época, comandado por George Bush. A crítica foi motivada diante do posicionamento do presidente em relação à invasão do Iraque. Moore chamou a eleição do presidente de “fictícia”, sendo tanto aplaudido, quanto vaiado no palco.

“Que vergonha, senhor Bush, vergonha do senhor”, declarou.

Havia poucos “olhos secos” na plateia quando Lupita Nyong’o ganhou o Oscar por sua atuação no drama “12 Anos de Escravidão”. Seu discurso comovente foi concluído com uma mensagem considerada poderosa.

“Quando eu olhar para esta estátua dourada, que ela lembre a mim e a todas as crianças que não importa de onde você vem, seus sonhos são válidos”, disse ela.

Leonardo DiCaprio ganhou um Oscar em 2016 depois de anos de expectativa do ator levar uma estatueta para a casa. A vitória se deu por sua atuação como ator principal em “O Regresso”.

DiCaprio aproveitou o seu momento de destaque para incentivar as pessoas a trabalharem em conjunto para enfrentar a ameaça das alterações climáticas.

“Agradeço a todos por este prêmio incrível esta noite”, disse DiCaprio. “Não vamos considerar este planeta garantido. Não considero esta noite garantida”, completou.

Em 2023, Michelle Yeoh se tornou a primeira mulher asiática a vencer um Oscar na categoria de “Melhor Atriz” pelo protagonismo em “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”.

“Obrigado por todos os meninos e meninas que se parecem comigo assistindo esta noite, este é um farol de esperança e possibilidades”, disse ela. “Esta é a prova de que sonhos grandes se tornam realidade, e, senhoras, não deixem ninguém dizer que vocês já passaram do seu auge”, complementou se referindo a ser uma atriz mais velha em destaque na indústria.

Outro grande discurso do Oscar 2023 foi o de Ke Huy Quan, que levou o Oscar de “Melhor Ator Coadjuvante”, também por um papel em “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.

Chorando muito, o astro subiu no palco resgatando um pouco do começo de sua trajetória. O astro chegou a participar de “Indiana Jones e o Templo da Maldição” (1984), fez “Os Goonies (1985), mas acabou ficando “esquecido” nos anos seguintes.

“Minha jornada começou num barco, passei um ano em um campo de refugiados e, de alguma forma, estou aqui hoje. Isso está acontecendo comigo. Isso é o sonho americano. Obrigado à Academia por esse prêmio. Obrigado, à minha mãe, ao meu irmão”, começou ele.

Em seguida, agradeceu à esposa.

“Eu devo tudo ao amor da minha vida, minha esposa, que mês após mês, por 20 anos, me disse que um dia minha hora ia chegar. Sonhos são algo a se acreditar. A todos os atores: mantenham seus sonhos vivos. Obrigado por me receberem de volta. Obrigado”, complementou.

 

Com informações de Marianne Garvey, da CNN internacional.

 

 

 

 

 

 

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Fonte : CNN BRASIL

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