Com valor inicial de investimento 170% maior, mulheres atingem um quarto do mercado de renda variável, diz B3

Nos últimos cinco anos, houve um aumento significativo de mulheres que se aventuraram no mundo dos investimentos em renda variável, registrando um crescimento de 658%, alcançando um total de 1.253.375 investidoras até 2023, conforme revelado por um estudo da B3 divulgado nesta sexta (8).

Apesar desse avanço notável, quando comparado ao número total de investidores masculinos na mesma categoria – que também cresceu, ultrapassando os 3 milhões – a participação feminina permanece estagnada em 25%, mantendo-se constante desde o ano passado.

Já no universo do Tesouro Direto, o aumento é de 260%, com um total de 903 mil investidoras em 2023. Christianne Bariquelli, superintendente de educação da B3, atribui esse fenômeno ao crescimento do conteúdo de educação financeira, especialmente nas mídias sociais, e ao esforço contínuo de democratização dos investimentos.

O perfil das investidoras em renda variável, que inclui ações, BDRs, ETFs, Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e outros, é predominantemente composto por mulheres na faixa etária dos 25 aos 39 anos, representando 46% do total, com um total de 574.558 investidoras nessa faixa.

Um ponto notável é o aumento impressionante de 1.819,67% (de 4.464 em 2018 para 85.694) entre as investidoras com idade entre 18 e 24 anos nos últimos cinco anos. Embora o valor investido por esse grupo ainda seja relativamente baixo, visto que estão começando a entrar no mercado de trabalho e a gerar renda, Bariquelli observa que há um incentivo maior para as jovens experimentarem a renda variável atualmente.

O estudo também revelou que, nos últimos cinco anos, o valor médio do primeiro investimento feito pelas mulheres supera significativamente o dos homens, chegando a ser mais que o dobro em 2023, com as mulheres investindo em média R$ 167, enquanto os homens investem em média R$ 62, uma diferença de 169,3%.

Segundo Bariquelli, essa diferença pode ser atribuída à percepção de que as mulheres se preparam melhor, dedicam mais tempo para aprender e economizam antes de realizar o primeiro investimento. No entanto, houve uma queda nesses valores, visto que em 2018, o valor médio do primeiro investimento feito pelas mulheres era de R$ 3.547, caindo quase pela metade no ano seguinte.

Além disso, não apenas o valor médio do primeiro investimento é maior entre as mulheres, mas também o saldo médio das novas investidoras. Este número é três vezes maior do que o dos homens, com um saldo médio de R$ 26 mil em 2023 para as mulheres, em comparação com R$ 9,8 mil para os homens.

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Fonte : Conexão Politica

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