Rio Grande do Sul luta para evitar que doenças como a tuberculose se alastrem após enchentes

O Rio Grande do Sul, atingido pelas enchentes dos últimos 45 dias, tem trabalhado para evitar que doenças como a tuberculose se alastrem e atinjam a população que passou várias semanas convivendo com o frio e alagamentos.

“A gente sabe que a situação de aglomeração favorece o contágio. Desde o início da enchente temos acentuado muito a busca de quem tem sintomas respiratórios, tosse, suores noturnos, falta de apetite e emagrecimento, que são características do nosso sintomático respiratório, principalmente a tosse, com ou sem catarro. Essas pessoas, quando identificadas que têm o diagnóstico feito, e enquanto aguardam, elas devem usar máscara comum para não contaminar outras pessoas”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado e Saúde, Carla Jarczewski.

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Muitas pessoas que estavam tomando a medicação [contra tuberculose] no domicílio acabaram perdendo o remédio. Para ela, ainda é muito cedo para se identificar se a situação das enchentes no Rio Grande do Sul pode ter aumentado os casos de tuberculose no estado. Ela esclareceu que a tuberculose é uma doença de notificação compulsória, mas como não é uma doença aguda que tenha notificação online, muitas vezes o diagnóstico é feito e demora um pouco para esse dado migrar para o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

População em situação de rua

Os casos de pessoas em situação de rua com diagnóstico de tuberculose no Rio Grande do Sul têm crescido desde 2017, quando houve 188 ocorrências da doença. Esse número vem aumentando gradativamente até 2022 quando foram anotadas 250 vítimas, um percentual pouco maior de 5%.

As vítimas vivem fora do domicílio e “temos muita dificuldade por ser um tratamento que dura no mínimo seis meses. Então, é um recorte da nossa população mais exposta ao bacilo”.

Essa pessoa em situação de rua tem 56 vezes mais chances de contrair tuberculose do que a população em geral. O hospital sanatório Paternon é a retaguarda assistencial do Programa de Controle da Tuberculose no Rio Grande do Sul.

“Esses pacientes nunca vão com o tratamento até o fim. Nos últimos anos, os indicadores vêm se complicando. Temos casos com piores desfechos, no entanto, aquelas ocorrências em que conseguimos obter sucesso [envolvem] os abordados por equipes multidisciplinares”, enfatizou.

Medicamentos

As enchentes não atingiram o depósito de medicamentos da Secretaria de Saúde. Mas Carla disse que Porto Alegre perdeu muitos medicamentos para várias doenças em decorrência das enchentes. A coordenadora afirmou, também, que o estado repôs o estoque para cidades atingidas pelas cheias dos rios com apoio da esfera federal.

Com informações da Agência Brasil

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