Oscar 2024: relembre 10 polêmicas e bafões históricos da premiação

A 96ª cerimônia do Oscar está marcada para o próximo domingo (10), às 20h, no Teatro Dolby, em Los Angeles (EUA).

Consagrada como a premiação de maior prestígio na indústria cinematográfica, a cerimônia já foi palco de diversas polêmicas e controvérsias ao longo dos anos.

Abaixo, a CNN reuniu 10 vezes em que o Oscar garantiu o holofote das atenções por motivos diversos.

Protesto em prol dos povos nativos do Estados Unidos (1973)

Em 1973, durante a 45ª edição da premiação, o ator Marlon Branco se consagrou com o Oscar de “Melhor Ator” por sua interpretação em “O Poderoso Chefão”.

No entanto, quem subiu ao palco para receber o troféu foi Sacheen Littlefeather, conhecida por sua atuação em prol dos direitos dos povos nativos dos Estados Unidos.

Ao representar o ator, a atriz disse que o astro lamentava não aceitar o prêmio, justificando a forma como os povos nativos estavam sendo tratados pelas indústrias televisiva e cinematográfica naquele período. Por fim, Littlefeather agradeceu e, sob vaias e aplausos, desejou um novo futuro.

Aparição surpresa no palco (1974)

No palco, o ator David Niven discursava para apresentar Elizabeth Taylor – escolhida para anunciar o grande vencedor na categoria de “Melhor Filme” – quando os convidados começaram a reagir de forma inesperada.

Quando se deu conta da situação, Niven se deparou com Robert Opel correndo nu pelo palco. O ato do fotógrafo e ativista pelos direitos LGBTQIAP+ era uma crítica à sociedade conservadora.

Vitória injusta? (1999)

Uma das grandes controvérsias do Oscar se deu em 1999 quando o título “Shakespeare Apaixonado” se consagrou com o prêmio de “Melhor Filme” – categoria em que competia ao lado de “O Resgate do Soldado Ryan”.

Na ocasião, muitos acreditavam que o longa não merecia a vitória gerando um debate sobre as adaptações. Além disso, também colocou em questionamento a negligência de roteiros originais.

Falta de diversidade – 2015

Em 2015, pela primeira vez em nove anos, a lista de indicados para a 87ª edição não contou com a inclusão de nenhum ator negro concorrendo a estatueta – ainda que o filme “Selma” de 2014 estivesse indicado a “Melhor Filme”.

Já nas categorias de “Melhor Direção”, “Roteiro” e “Fotografia”, também não havia nenhuma mulher. A partir disso, as hashtags #OscarSoWhite (Oscar tão branco, em tradução livre) e #WhiteOscar (Oscar branco, em tradução livre) ganhou destaque nas redes sociais.

La La Land ou Moonlight? (2017)

Um erro marcou a 89ª edição da premiação. Tudo se deu quando “La La Land: cantando estações”, de 2016, foi anunciado como “Melhor Filme”, sendo que o grande vencedor da categoria foi “Moonlight”, do mesmo ano.

Na ocasião, os atores Warren Beatty e Faye Dunaway ficaram responsáveis pela divulgação dos resultados, guardados em um envelope. No entanto, o papel que recebem continha o nome da atriz Emma Stone – vencedora da categoria anterior por seu papel em “La La Land”.

Confusa diante do ocorrido, Dunaway achou que Beatty estava brincando. Por isso, ela tratou logo de anunciar o musical como vencedor.

Barry Jenkis comemorando Oscar de Melhor Filme por “Moonlight” (Eddy Chen/Disney General Entertainment Content via Getty Images)

Cerimônia sem apresentador fixo (2019)

Em 2019, a cerimônia não contou com um apresentador fixo já que Kevin Hart foi convidado para assumir o papel, mas decidiu não participar da premiação depois de se envolver em uma polêmica provocada por algumas publicações homofóbicas nas redes sociais.

Na época, a Academia pediu que ele escolhesse entre se desculpar pelos antigos tuítes ou ficar de fora. Assim, a segunda opção foi escolhida e o ator disse que as mensagens eram antigas e, desde então, ele havia amadurecido.

O tapa de Will Smith em Chris Rock (2022)

Em 2022, Will Smith venceu seu primeiro Oscar de “Melhor Ator” por “King Richard: Criando Campeãs” – fato que poucos se lembram após o ator protagonizar um tapa no rosto de Chris Rock.

Tudo se deu quando o comediante, que apresentava a categoria “Melhor Documentário”, fez um comentário sobre a cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, esposa do ator – que sofre de alopecia, uma doença que leva à perda de cabelo.

A expressão de Angela Basset (2023)

Em 2023, Angela Bassett perdeu o Oscar de “Melhor Atriz Coadjuvante” para Jamie Lee Curtis, de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”.

A reação da atriz, indicada por viver a rainha Ramonda em “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”, viralizou nas redes sociais. Nas imagens, a estrela apareceu com a expressão fechada e não fez questão de aplaudir a colega de profissão.

Piadas sobre a agressão de Will Smith (2023)

Um ano mais tarde, os comentários sobre o ocorrido em 2022 continuaram na edição de 2023. Jimmy Kimmel, apresentador do ano, fez questão de lembrar o ocorrido com uma dose de ironia.

“Temos políticas rígidas neste teatro. Se qualquer um cometer um ato de violência em qualquer momento do programa, a pessoa ganhará o Oscar de Melhor Ator e terá a permissão de dar um discurso de 19 minutos”, disse.

Malala sem tempo para piadas (2023)

Encerrando a lista, em 2023, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, esteve na plateia da cerimônia do Oscar e, em determinado momento, Jimmy Kimmel resolveu fazer uma piada.

Ao mostrá-la para as câmeras, o apresentador fingiu estar lendo uma questão de algum tema sério enviada por uma uma internauta.

“Essa pergunta é de Johanne, de Brooklyn, Nova York. Ela pergunta: ‘Seu trabalho nos Direitos Humanos e educação para mulheres e crianças é uma inspiração. Como a mais jovem vencedora de um Prêmio Nobel da história, eu gostaria de saber […] você acha que Harry Styles cuspiu em Chris Pine?”, disse ele.

“Eu só falo sobre paz”, respondeu Malala um tanto quanto constrangida com a situação. “É por isso que você é Malala e ninguém mais é”, continuou Kimmel.

 

 

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Fonte : CNN BRASIL

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