CBMSC envia mais binômios para atuarem no Rio Grande do Sul

Mais dois binômios do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foram na manhã desta segunda-feira, 3, atuar no Rio Grande do Sul. O cabo Matheus Premoli de Souza com seu cão Bono (Araranguá) e o cabo 3º sargento Willian Valdeley Marques com o seu cão Marley (Governador Celso Ramos) irão para o município Cruzeiro do Sul para se encontrar com o cabo Ronaldo Wagner Fumagalli Silva e seus cães Hunter e Barak (Curitibanos), que já estão na cidade, para receber orientações e fazer o planejamento para as buscas.

Desde quando foram autorizados pelo Governo do Estado a deslocar para o RS, os bombeiros militares catarinenses salvaram 3.051 pessoas e 560 animais. Além disso, encontraram 19 vítimas em óbito, sendo que três delas foram encontradas graças ao indispensável trabalho dos cães que soma de forma muito efetiva ao trabalho dos homens e mulheres que atuam neste tipo de busca.

Nas fotos: Hunter, Marley, Bono

“Nossas equipes encontraram desafios diversos em cada uma das semanas em que estiveram em solo gaúcho e com muita competência fizeram tudo que foi possível para honrar a promessa de salvar vidas. Seguimos apoiando os irmãos gaúchos para que eles possam se recuperar o mais breve possível”, afirma o comandante-geral do CBMSC, coronel Fabiano Bastos das Neves

Desde o dia 1º de maio foram empenhados 147 bombeiros militares, 14 cães de busca, 48 viaturas, 40 embarcações, 19 motores de popa, dois caminhões, um APC, uma mini-escavadeira, um quadriciclo, drones e equipamentos para busca e resgate em áreas inundadas e em deslizamentos.

Bombeiros Militares catarinenses atuam há 33 dias no RS

Era madrugada de 1º de maio quando sete equipes de Força-Tarefa (FT) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foram acionadas para se deslocar até Araranguá, no Sul do estado, para reunidos seguirem para o Rio Grande do Sul. O motivo: salvar o máximo de pessoas possível. O estado gaúcho havia sido atingido por fortes chuvas que resultaram em inundações, enxurradas e deslizamentos jamais vistos. Este primeiro contingente, de 32 bombeiros militares, foi deslocado para a região de Lajeado, onde atuou nos primeiros resgates, que foram fundamentais para o salvamento de muitas vidas. Durante uma semana, as equipes salvaram pessoas e animais na região de Lajeado, Cruzeiro do Sul e Grande Porto Alegre.

Na manhã do dia 6 de maio, foi realizado o primeiro revezamento das equipes. Os 32 bombeiros militares se encontraram com outros 39, também em Araranguá, e o momento foi regado de muita emoção e troca. Entre os que retornaram, uma unanimidade. “Nunca vivemos nada parecido, é um cenário impossível de descrever.” Entre os que iam, o compromisso de seguir salvando todas as vidas que fosse possível. No dia seguinte, 7 de maio, mais bombeiros foram para o Rio Grande do Sul. Desta vez, os binômios, dupla formada entre bombeiro militar e cão de busca, com o objetivo de atuar nas áreas em que ocorreram os deslizamentos, encontrar vítimas e proporcionar às famílias uma despedida digna. Ao todo, neste segundo contingente, 49 bombeiros militares e 04 cães atuaram nas buscas e salvamentos.

No terceiro revezamento, 42 bombeiros militares  e cinco cães de busca se deslocaram rumo à região de Lajeado e Canoas. A maior parte deles eram especialistas em Intervenções em Áreas Deslizadas (IAD), trabalho bastante minucioso e que exige muito conhecimento, paciência e precisão.

O quarto e o quinto contingente enviados ao Rio Grande do Sul, que contou ao todo com 24 bombeiros militares e cinco cães de busca, atuaram na região de Cruzeiro do Sul com o objetivo de encontrar as vítimas dos deslizamentos. O apoio das aeronaves das polícias Civil e Militar, ambas de Santa Catarina, bem como do Exército Brasileiro (EB) foram fundamentais para as equipes acessarem áreas em que não era possível fazer o deslocamento por via terrestre.

Aeronaves

No dia 10 de maio a corporação, em parceria com o Samu Aeromédico (SES/SAMU) e em conjunto com o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) transportou 263 bolsas de sangue e medula óssea. Foram dois voos, um saindo de Florianópolis e outro de Joaçaba, onde foi inaugurado recentemente o serviço em parceria com as instituições.

No dia 15 de maio, foi realizado o primeiro transporte aeromédico em apoio ao RS. O pequeno paciente gaúcho, de apenas 17 dias, foi transferido para o Paraná para uma avaliação hematológica. O trajeto de cerca de 1.200 quilômetros durou em torno de 4h e meia e foi realizado com a aeronave Arcanjo-04.

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