A polícia israelense dispersou manifestantes que protestavam nas ruas de Tel Aviv contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu neste domingo (25). O protesto terminou em muita confusão e prisões, embora o número de detidos não tenha sido divulgado.
Bombas de efeito moral e canhões de água foram lançados contra a multidão. Policiais montados em cavalos também agiraram para acabar com a marcha, que reuniu milhares de manifestantes. Houve muito empurra-empurra.
Manifestantes contrários ao governo se uniram com famíliares e amigos que pediam a libertação dos reféns, que permanecem na Faixa da Gaza sob o poder do Hamas.
Enquanto marchavam, o grupo também pedia eleições para substituir Netanyahu, acusando o governo do premiê de corrupção e criticando a forma como lidou com a guerra contra o Hamas em Gaza após os ataques de 7 de outubro.
Também houve protestos nas cidades de Haifa, mais ao norte de Israel, e Rehovot, nos arredores de Tel Aviv.
Famílias de reféns pediram a retomada imediata das negociações com o Hamas para “avançar num acordo que traga todos de volta”.
O número total de pessoas sequestradas em Israel e detidas em Gaza é de 125, de acordo com uma contagem baseada em números do Gabinete do Primeiro Ministro israelense (PMO). Destes, 121 foram sequestrados no dia 7 de outubro e outros quatro já estavam detidos antes dos ataques.
O gabinete acredita que pelo menos 37 reféns estão mortos e os corpos são mantidos em Gaza. Israel considera refém os sequestrados que ainda estão vivos, bem como os mortos.
Na sexta-feira (24), autoridades de Israel afirmaram que encontraram os corpos de três reféns em Jabalia, no norte de Gaza. Entre as vítimas estava Michel Nisenbaum, brasileiro de 59 anos que morava em Israel. Os outros dois reféns tinham ido ao festival de música eletrônica Nova, onde foram sequestrados pelo Hamas.
Negociações travadas
A fonte, que se recusou a ser identificada pelo nome ou nacionalidade, disse que tinha sido decidido que “na próxima semana as negociações serão retomadas com base em novas propostas lideradas pelos mediadores, Egito e Catar e com o envolvimento ativo dos EUA.”
Contudo, um funcionário do Hamas negou que as negociações seriam retomadas no Cairo na terça-feira (28). Ele disse à Reuters que “não há data”.
Depois de mais de sete meses de guerra em Gaza, os mediadores têm lutado para garantir um avanço, com Israel buscando a libertação de reféns mantidos pelo Hamas e o Hamas buscando o fim da guerra e a libertação de prisioneiros palestinos em Israel.
Até agora, nada parece avançar.
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Fonte : CNN BRASIL